Como será a cara da nova seleção brasileira? Assim como aconteceu há quatro anos, o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, já avisou que quer ver uma grande reformulação. E isso atinge diretamente os jogadores. Para a Copa de 2014, o mandatário do futebol nacional quer uma equipe jovem, ou seja, o oposto daquilo que foi apresentado na África do Sul. O primeiro teste para a nova geração será no dia 10 de agosto, em Nova York, contra os Estados Unidos. E já neste amistoso, Ricardo Teixeira quer que os novatos sejam convocados para que possam se ambientar com a camisa amarelinha. Confira, então, como pode ser formado o grupo daseleção brasileira nos próximos quatro anos, juntando as recentes revelações e os craques que se salvaram do fracasso da Copa de 2010 GOLEIROS Renan voltou ao Inter para refazer seu nome. Com o tempo, será titular do gol colorado, mas, por enquanto, isso não é uma certeza. Disputou as Olimpíadas de Pequim, em 2008, e tem em seu currículo a titularidade no Valencia. Entre os novatos, tem como forte concorrente Diego Alves, que ganhou notoriedade no Atlético-MG e hoje fecha o gol do Almería (ESP). Outros três nomes poderiam compor o elenco da seleção brasileira nos próximos quatro anos: Júlio César, Gomes e Vítor. Os dois primeiros estarão com idade avançada e são incógnitas, enquanto o terceiro tem tudo para ser um dos preferidos da posição se continuar mostrando a mesma técnica que vem apresentando nos últimos anos pelo Grêmio. LATERAIS O lado direito deve continuar com os mesmos donos: Maicon, da Internazionale de Milão, e Daniel Alves, do Barcelona. Mas caso a renovação do grupo brasileiro seja radical, outros dois nomes estão na espera. São eles Ilsinho e Rafinha, dois jogadores de muita técnica, mas pouco poder de marcação. Pela esquerda, a disputa será franca, já que ninguém agarrou a chance de se solidificar na posição nos últimos quatro anos. Marcelo, do Real Madrid, é o mais forte candidato ao posto, mas até Michel Bastos tem chance, caso não se consagre de vez como um jogador de meio-de-campo. Diego Renan, do Cruzeiro, é outro jogador que promete brilhar. ZAGUEIROS Os titulares Lúcio e Juan devem cair e dificilmente seguirão até a Copa de 2014. Dois dos novatos que brigam para entrar no grupo são revelados no São Paulo: Breno, atualmente no Nuremberg, e Alex Silva, que está de volta ao Tricolor depois de passagem pelo Hamburgo. Até Miranda, que não foi para a Copa 2010, pode brigar por uma das vagas. Da seleção que Dunga levou à África do Sul, há dois nomes com boas chances de seguir entre os convocados: Luisão, do Benfica, e Thiago Silva, do Milan, são símbolos de segurança e ainda contam com boa experiência no exterior. Correndo por fora está Mario Fernandes, do Grêmio. Ele tem a versatilidade como ponto forte, pois também é acostumado a jogar na lateral-direita. VOLANTES Essa é uma posição que terá renovação em 100% dos nomes. Alguns pela idade avançada, como Gilberto Silva e Josué, e outros por não terem agradado, como Felipe Melo. Sandro, do Internacional e já comprado pelo Tottenham, tem grande chance de herdar a vaga na cabeça-de-área, mas conta com forte concorrência de Lucas, do Liverpool. Para complementar o setor, Hernanes, pela habilidade dos chutes de longa distância, tem grandes chances, assim como Arouca, do Santos, de boa saída de jogo e habilidade. Ramires, do Benfica, foi à Copa 2010 para atuar mais avançado, mas já demonstrou que também serve bem na proteção da defesa. MEIAS O grande nome para assumir o comando na criação de jogadas é Paulo Henrique Ganso, do Santos. Ele já foi um nome de grande clamor popular na seleção de Dunga. Porém, não foi atendido. É o tipo de jogador que há muito tempo não se vê com a camisa da seleção brasileira. Sabe armar, fazer gols e até marcar. Outro novato para o setor é Philippe Coutinho, do Vasco e já comprado pela Inter de Milão. O estilo dele, no entanto, é de maior chegada ao ataque. Renato Augusto, do Bayer Leverkusen, é um nome em alta no futebol alemão e pode aparecer como surpresa, assim como Marlos, do São Paulo, que já demonstrou bom potencial. Para acompanhá-los, Kaká não pode ser descartado. Diego, da Juventus, também pode ser recuperado. É novo e seria ótima opção na criatividade. ATACANTES Não dá para não lembrar que Neymar é o nome da vez para o ataque. Pelo primeiro semestre que fez no Santos, deve emplacar com a camisa da seleção brasileira. Tem habilidade, sabe fazer gols apesar dos 18 anos de idade, mas precisa enfrentar melhor a violência dos zagueiros adversários. Alexandre Pato, pela velocidade e capacidade de goleador, é outro que certamente fará parte do grupo. Correndo por fora, há nomes como Keirrison, agora contratado pelo Santos mas que pertence ao Barcelona, André, do Santos, e Rafael Sóbis, do Internacional. Como não se pode abrir mão dos craques experientes, Robinho, do Santos, Fred, do Fluminense, e Nilmar, do Villarreal, podem seguir como opção do próximo treinador da seleção.