Cruzeiro e Atlético-MG foram julgados, nesta quarta-feira, pela confusão que envolveu suas torcidas organizadas recentemente, no clássico entre eles. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva definiu que os dois clubes terão que pagar uma multa de R$ 50 mil e perder um mando de clube. Isso significa que o Cruzeiro terá que jogar fora do Mineirão no jogo contra o Palmeiras, enquanto o Atlético-MG perderá mando no duelo contra o São Paulo.
A confusão entre torcidas envolveu bombas, sinalizadores e outros objetos de violência, como soco inglês. o árbitro Marcelo de Lima Henrique teve que suspender o clássico por alguns instantes e colocou isso na súmula, o que causou o julgamento no STJD.
Os presidentes dos dois clubes, Gilvan de Pinho Tavares e Alexandre Kalil, estiveram no julgamento e fizeram depoimentos. Eles se concentraram em alegar que não possuem contato com as torcidas e por isso não deveriam ser penalizados.
O procurador do STJD, Rafael Vanzim, questionou essa estratégia, pois os clubes sequer negaram o fato relatado pelo juiz. Isso só foi negado quando os advogados dos clubes se manifestaram. Teotonio Charmont e João Avelar alegaram que a polícia também tinha culpa no caso, principalmente pelo lançamento de bombas.
Depois disso, o relator e os auditores analisaram o caso e definiram a punição. Dois deles votaram pela perda de um mando e a multa de R$ 50 mil e então ficou assim resolvido.
A confusão já tinha resultado em outra punição, vinda do Ministério Público: três torcidas organizadas dos clubes foram banidas de jogos por seis meses. Ninguém poderá usar objetos dessas torcidas e suas sedes ainda ficarão fechadas em dias de clássico ou jogos em Belo Horizonte.