Novamente falta (muito) pouco para a Ponte Preta sair da fila. Pela sexta vez, a chance de um título inédito bate à porta da Macaca. Dois jogos separam o clube do paraíso ou de mais gozação por parte dos rivais. Contra o Lanús, a partir desta quarta-feira, a Alvinegra campineira desafia a sina de vice para, enfim, acabar com um incômodo jejum de 113 anos. Depois de bater na trave nos Paulistas de 1970, 77, 79, 81 e 2008, a Ponte tem na final da Sul-Americana a oportunidade de colocar uma estrela no peito e soltar o grito de campeão, apagando o rebaixamento para a Série B do Brasileiro.
A bola rola a partir das 21h50 (de Brasília), no Pacaembu. O jogo de volta está marcado para 11 de dezembro, em "La Fortaleza", em Lanús. O momento histórico da Ponte promete transformar o Pacaembu em "Macacaembu" por uma noite. A expectativa é de casa cheia, com aproximadamente 30 mil torcedores empurrando o time contra um adversário arrumado, embalado e, além disso, argentino. Um ingrediente extra para tornar ainda mais especial uma eventual conquista alvinegra.
- A gente sabe o que um título representaria para a torcida da Ponte Preta. Uma torcida que é extremamente fiel. Uma torcida que não sabe o que é um título há 113 anos, mas segue apoiando a equipe em todos os momentos. Para mim, é uma segunda Copa do Mundo, diante de tudo que significa para o clube, para a cidade e principalmente para o torcedor – afirmou o técnico da Macaca, Jorginho.
Em jogo, também está uma vaga para a pré-Libertadores, para a Recopa Sul-Americana contra o Atlético Mineiro e para a Copa Suruga, no Japão. No caso do Lanús, o lugar na Libertadores já está garantido, por ter tido a melhor campanha entre os argentinos na Sul-Americana. Além disso, a equipe também tem a chance de faturar o Argentino. Nem uma coisa nem outra diminuem a motivação e o foco dos comandados de Guilhermo Barros Schelotto na decisão.
- Nós queremos a Sul-Americana. Essa é a nossa prioridade. Não chegamos aqui à toa. Um título vai representar muito para o clube. É a chance de se firmar de vez entre os grandes do cenário argentino. Sabemos das dificuldades, mas vamos para cima – disse o treinador.
Com a arbitragem do uruguaio Roberto Silveira, o duelo será transmitido pela Globo para o estado de São Paulo e pelo SporTV para todo o Brasil, além do acompanhamento em Tempo Real do GloboEsporte.com a partir das 19h30, com vídeos exclusivos e entradas ao vivo direto do Pacaembu.
As escalações
Ponte Preta: sem muito a esconder, Jorginho confirmou que vai mandar a campo o que tem de melhor e considera o time ideal para o duelo. Após dar folga aos titulares no domingo, pelo Brasileirão, o treinador terá todos à disposição para o duelo. No esquema 4-4-2, a Alvinegra começa o jogo com: Roberto, Artur, César, Diego Sacoman e Uendel; Baraka, Fellipe Bastos, Fernando Bob e Elias; Rildo e Leonardo.
Lanús: o técnico Guillermo Barros Schelotto vai contar com o retorno do volante Jorge Ortiz, livre de suspensão. O atleta, porém, ainda não tem vaga assegurada no time. Pasquini e Ayala disputam com ele a preferência do treinador. No ataque, Pereyra Díaz deve ser o escolhido para o lugar do lesionado Acosta. Assim, os argentinos devem começar com: Marchesín; Araujo, Goltz, Izquierdoz e Velázquez; Diego González, Somoza e Ortiz (Pasquini ou Ayala); Melano, Santiago Silva e Pereyra Díaz.
Quem está fora
Ponte Preta: Adrianinho, punido com cinco jogos de suspensão pela Conmebol, não atua em nenhum do jogos. O atleta foi expulso diante do Vélez Sarsfield, nas quartas de final.
Lanús: o atacante Acosta, que se machucou na partida de volta da semifinal contra o Libertad, está vetado é o único desfalque do time argentino.