O Exército da Austrália começou nesta segunda-feira (3) a distribuir mantimentos nas regiões mais afetadas pelas enchentes que inundaram grande parte do Estado de Queensland, no nordeste do país, anunciou a primeira-ministra, Julia Gillard.
Mais de 50 toneladas de alimentos e produtos de primeira necessidade serão distribuídas até esta terça-feira (4). Julia também informou que o governo vai oferecer ajuda de R$ 1.690 (mil dólares australianos) por pessoa e de até R$ 42 mil (25 mil dólares australianos) por estabelecimento danificado.
Desde o fim de novembro, dez pessoas morreram e 200 mil ficaram desabrigadas por causa das inundações.
Duas vítimas foram encontradas neste domingo (2). Uma delas morreu após ter o veículo arrastado na localidade de Emerald, no centro de Queensland, informou o jornal local Brisbane Times.
O corpo de outra vítima, um homem de 38 anos que desapareceu arrastado por uma enchente em Tannum Sands quando pescava a bordo de um barco, foi recuperado a 140 km ao sul da cidade de Rockhampton, uma das mais afetadas pelas enchentes.
De acordo com a previsão das autoridades, as inundações devem continuar a atingir várias regiões de Queensland durante o mês de janeiro. Vários aviões militares C-130 distribuíram ajuda na manhã desta segunda-feira em Rockhampton, enquanto equipes tentam evitar que as águas bloqueiem o único acesso por terra que ainda liga a localidade às cidades ao redor.
O nível do rio Fitzroy alcançou os 9 m nesta segunda-feira e, se continuar a subir, deixará Rockhampton totalmente incomunicável.
A governadora de Queensland, Anna Bligh, disse que já há 150 casas inundadas e advertiu que levará "algum tempo" até a situação melhorar.
A polícia também participa das tarefas de assistência a comunidades das localidades de St. George e Surat - cerca de 500 km a oeste de Brisbane -, que se preparam para o possível transbordamento do rio Balonne.
Nessas localidades, os agentes recomendaram que os moradores das casas em áreas de risco deixem seus imóveis e se dirijam a abrigos ou casas de parentes situadas em zonas altas.
De acordo com as autoridades, duas pessoas permanecem desaparecidas por causa das inundações, consideradas as piores da região nas últimas décadas.