Rússia, China, Brasil e outros parceiros do grupo dos Brics, formado por economias emergentes, pediram à Síria que inicie conversações com a oposição e alertaram contra a intervenção estrangeira no país sem um mandato da ONU, disse o governo russo, antes do término nesta sexta-feira (25) do prazo dado pela Liga Árabe para o diálogo.
Num comunicado depois de consultas na quinta-feira, em Moscou, o comunicado das cinco nações dos Brics não menciona a ameaça da Liga Árabe de introduzir sanções à Síria por causa da repressão aos protestos, caso o país não aceitasse um acordo para permitir a entrada de observadores internacionais.
Manifestação a favor do governo de Assad exaltam o presidente em Damasco, nesta quinta (Foto: Bassem Tellawi/AP) O encontro em Moscou reuniu vice-chanceleres da Rússia e China - países que no mês passado vetaram uma resolução do Conselho de Segurança da ONU de condenação à Síria -, bem como representantes do Brasil, Índia e África do Sul, que se abstiveram na votação da ONU.
Os Brics enfatizaram que 'o único cenário aceitável para resolver a crise interna na Síria é o início imediato de conversações de paz com a participação de todos os lados, como diz a iniciativa da Liga Árabe', segundo o comunicado do Ministério de Relações Exteriores da Rússia.