O Conselho de Segurança da ONU cancelou nesta quinta-feira (27) a autorização para que a Otan atue militarmente na Líbia. Os 15 membros do conselho, Brasil incluído, aprovaram unanimemente uma resolução que encerra o mandato da ONU, que criou uma zona de exclusão aérea na Líbia e permitiu a ação de forças militares estrangeiras no país.
O objetivo da missão era proteger a população civil da repressão exercida pelas forças de segurança do então ditador Muammar Kadhafi .
Os rebeldes líbios, com o apoio da Otan , acabaram derrubando o regime de Kadhafi no fim de agosto. O ditador foi morto em um ataque próximo a Sirte no último dia 20.
A Otan havia decidido preliminarmente encerrar a operação no país em 31 de outubro, mas o Conselho Nacional de Transição (CNT), atual governo provisório líbio, pediu que a operação fosse ampliada para até o fim do ano, para proteger os líbios de ataques de partidários remanescentes de Kadhafi.
A Otan, então, adiou para sexta-feira uma decisão sobre o tema.
A resolução da ONU afirma que a autorização para ação militar estrangeira na Líbia acaba às 23h59 locais de 31 de outubro.
A resolução 2016 do Conselho de Segurança também havia flexibilizado o embargo de armas que pesa sobre a Líbia, de modo que o CNT possa adquirir armamento e equipamentos para sua segurança nacional.