O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu nesta terça-feira (1º) uma investigação ''imparcial'' sobre o ataque de tropas de Israel em águas internacionais contra um comboio de navios de ajuda humanitária aos palestinos e exigiu a liberação imediata de todos os civis presos.
Ao fim de uma reunião de emergência de mais de 12 horas para examinar a situação, o Conselho de Segurança condenou os atos que resultaram na morte de ao menos 9 pessoas e vários feridos, entre ativistas e soldados de Israel.
Forças da Marinha de Israel lançaram um assalto contra uma frota humanitária integrada por ativistas de diferentes países que se dirigia a Gaza para entregar produtos de primeira necessidade e medicamentos aos palestinos.
Em declaração, o presidente em exercício do Conselho de Segurança, o embaixador do México, Claude Heller, pediu ''investigação rápida, imparcial e transparente'' sobre o incidente desta segunda-feira (31), e disse que a situação de Gaza é ''insustentável''. Ele ressaltou que ''a única solução possível para o conflito palestino-israelense é o diálogo''.
A ação da Marinha de Israel resultou na detenção de 480 ativistas, que permaneciam detidos em Ashod, ao sul do país. O grupo seria interrogado nesta terça.
Outras 48 pessoas, que também estavam nos navios e foram detidos, esperavam no Aeroporto Internacional Ben Gurion para serem deportadas a seus países de origem, anunciou a rádio pública israelense.