A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) negou nesta segunda-feira a responsabilidade pelo bombardeio sobre a cidade de Surman, na Líbia, onde, segundo o regime líbio, um ataque do organismo matou 15 pessoas e feriu várias outras.
Fontes da organização garantiram as agências de notícias Efe e France Presse que nenhum ataque foi realizado na cidade.
"Desmentimos energicamente que esta operação em Sorman seja nossa. Não operamos lá", afirmou a fonte citada pela France Presse.
Mais cedo, o regime líbio afirmou que 15 pessoas, incluindo três crianças, morreram em um novo bombardeio da Otan contra uma residência.
A casa pertence a Juildi Hemidi, que integrava o conselho de comando da revolução de 1969. A maioria das vítimas é de familiares de Hemidi, incluindo dois netos, e vizinhos. Sorman fica 70 km ao oeste da capital Trípoli.
O regime levou vários correspondentes internacionais para ver os edifícios destruídos pelo ataque, uma estratégia comum de Trípoli em sua campanha contra a ofensiva internacional.
Segundo o governo, o complexo residencial foi atingido por oito mísseis durante um ataque aéreo às 4h desta segunda-feira.
ADMISSÃO
A Otan reconheceu no domingo (19) sua responsabilidade na morte de civis durante um ataque aéreo a Trípoli, capital da Líbia, que deixou nove civis mortos, segundo o regime líbio.
"O alvo previsto dos ataques aéreos em Trípoli, na noite passada, era um armazém militar de mísseis. Parece que uma arma não atingiu o alvo previsto e que pode ter havido um erro no sistema, que causou um certo número de vítimas civis", afirmou a Otan no comunicado.
"A Otan lamenta a perda de vidas de civis inocentes", afirmou, por sua vez, o comandante da operação, tenente-general Charles Bouchard.
Ibrahim disse que nove pessoas, cinco delas da mesma família, haviam morrido e outras 18 ficaram feridas no ataque da Otan a um bairro residencial de Trípoli, na madrugada deste domingo.