O presidente eleito do Chile, Sebastián Piñera, disse nesta sexta-feira (5) que pretende reformular o sistema de alerta de catástrofes no país. A declaração ocorre depois que a Marinha demitiu o comandante responsável por avisar o país sobre a chegada de tsunamis , por causa das críticas feitas ao seu trabalho após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter que atingiu o país no último sábado.
Em meio a série de novos tremores desta sexta-feira, a presidente do Chile, Michelle Bachelet, se reuniu com o presidente eleito Sebastián Piñera no palácio presidencial para definir as linhas de ação para a reconstrução depois do desastre.
Piñera, que assumirá a Presidência na próxima semana, disse que será necessária uma "profunda reestruturação do sistema de alerta imediato" frente a catástrofes.
- A tarefa do momento é atender de maneira mais eficaz as emergências e as múltiplas necessidades dos compatriotas que foram afetados diretamente pelo terremoto e os tsunamis, e isso exige uma coordenação muito adequada entre o governo atual e o que está assumindo.
A Marinha do Chile destituiu do cargo o diretor do Serviço Hidrográfico e Oceanográfico, comandante Mariano Rojas, após críticas da imprensa e do próprio governo às falhas nos alertas de tsunami decorrentes do terremoto de 8,8 graus na escala Richter que atingiu o Chile no último dia 27.
Piñera disse que também disse que estuda reformular seu programa para incorporar as tarefas de reconstrução.
Bachelet afirmou que o Chile, com uma das economias mais sólidas da América Latina, poderá precisar de ajuda financeira internacional para a reconstrução, que levaria três a quatro anos.
Nesta sexta-feira, o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, visita o Chile para avaliar os prejuízos, calculados por especialistas em R$ 53,3 bilhões (US$ 30 bilhões de dólares), ou 15% por cento do PIB (Produto Interno Bruto) do país.