David Cameron, o primeiro-ministro do Reino Unido e líder do Partido Conservador, anunciou nesta segunda-feira (23) seu apoio aos bombardeios franceses contra o grupo Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque. Em uma coletiva de imprensa, junto ao presidente da França, François Hollande, Cameron afirmou: "Apoio firmemente as ações do presidente Hollande na Síria. Tenho a firme convicção de que a Grã-Bretanha deveria fazer o mesmo", disse.
Cameron anunciou que, nos próximos dias, pedirá a aprovação do Parlamento britânico para usar aviões da Royal Air Force (RAF) aos bombardeios contra as posições do EI na Síria. Além disso, ofereceu o uso de uma base aérea no Chipre, no Mediterrâneo Oriental, aos aparelhos franceses que participam nas operações. "Hoje propus ao presidente François Hollande o uso da base de Rafakrotiri pelos aviões franceses que participam nas operações contra o Daesh (acrônimo em árabe do EI) e um apoio adicional para abastecimento em voo", afirmou.
Já o presidente francês, destacou que a França e o Reino Unido têm "obrigações comuns em termos de defesa". Hollande iniciou hoje uma intensa agenda diplomática com a qual pretende fortalecer uma coalizão única contra o Estado Islâmico (EI). Pela manhã, os líderes da França e do Reino Unido visitaram a casa de espetáculos Bataclan, onde morreram 90 das 130 vítimas nos atentados e os dois depositaram uma rosa diante do local.
O premiê britânico, que já participa dos bombardeios no Iraque com os Estados Unidos, expressou ao final da reunião no Palácio do Eliseu (sede da presidência francesa) sua convicção de que será preciso lutar contra a organização terrorista também na Síria. Para isso, acrescentou que ainda nesta semana apresentará ao Parlamento do seu país um projeto para oficializar o apoio à França nesse terreno.
Agenda
Hollande vai se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama nesta terça-feira (24), em Washington e na quarta-feira (25) receberá a chanceler alemã Angela Merkel. Já na quinta-feira (26) irá a Moscou conversar com Vladimir Putin e, no domingo (29), receberá o presidente chinês Xi Jinping.