A Aeronáutica rejeitou o projeto de construção de um terceiro aeroporto na região metropolitana de São Paulo pela iniciativa privada. A avaliação do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) é de que o plano apresentado pelas construtoras Andrade Gutierrez e Camargo Correa para Caieiras, a 30 km do Centro de São Paulo, é inviável, pois causaria interferências nos aeroportos de Cumbica (Guarulhos), Viracopos (Campinas), Congonhas (São Paulo) e Jundiaí.
Quando se leva em consideração o volume de tráfego aéreo da região, um aeroporto em Caieiras, na Grande São Paulo, ficaria no meio de um espaço aéreo já tumultuado - a área chamada Terminal São Paulo, que corresponde a 33% de todo o tráfego do país, concentrado em apenas 1,2% do território nacional. Essa configuração, segundo o Decea, não foi analisada pelas construtoras no projeto.
Nos moldes de Cumbica, Caieiras seria internacional, teria duas pistas de pouso e decolagem e uma capacidade inicial para 22 milhões de passageiros. Seria o primeiro aeroporto totalmente operado e construído pela iniciativa privada. A construção de um terceiro aeroporto em São Paulo, porém, vem sendo apontada pelas autoridades paulistas como uma das prioridades da região metropolitana para os próximos anos.