Apenas caminhões com escolta deixam distribuidoras, dizem sindicatos

Apenas caminhões com escolta deixam distribuidoras, dizem sindicatos

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:15

Fernanda Simas, iG São Paulo

Segundo sindicatos, número de caminhões que saem carregados com combustíveis de distribuidoras não é suficiente para atender a demanda

Os presidentes dos sindicatos que representam as distribuidoras e postos de combustível de São Paulo disseram nesta quarta-feira que a paralisação dos caminhoneiros autônomos transportadores de combustíveis atingiu toda a Grande São Paulo. Segundo eles, apesar da ordem judicial que determina a suspensão da greve sob pena de aplicação de multa diária de R$ 1 milhão, os caminhões-tanque só conseguem deixar as distribuidoras com escolta policial.

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Segundo o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Alisio Vaz, os grevistas continuam em frente às distribuidoras e que ainda nesta manhã impediam caminhões sem escolta policial de saírem.

 

 

Caminhão tanque é carregado no terminal de distribuição da Petrobrás Distribuidora S/A. nesta quarta-feira

Foto: AE

De acordo com Vaz, a Polícia Militar realizou, entre a manhã desta terça-feira e a tarde de hoje, 41 comboios com 84 caminhões, número insuficiente para abastecer os postos da capital. Dos 30 milhões a 40 milhões de litros que são necessários por dia, apenas 2 milhões chegaram a seu destino.

 

"Todos estão saindo com comboio. Dessas viagens, 10% foram para postos e o restante para serviços essenciais, como hospitais, aeroportos e postos de polícia. Cerca de seis caminhões tentaram sair da base sem escolta, mas foram abordados por grevistas e voltaram", informaram os sindicatos.

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De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouveia, a partir do retorno do abastecimento, há uma expectativa de que a situação se normalize num prazo máximo de oito dias.

Esse tempo que pode ser reduzido a quatro dias caso a Prefeitura de São Paulo aceite o pedido do Sincopetro, feito no início desta tarde, para que a restrição da circulação de caminhões na Marginal Tietê seja suspensa por sete dias. "Queremos um prazo maior para atender a população, depois a restrição voltaria ao normal”.

Gouveia afirmou que existem cerca de 3.800 postos na Grande São Paulo. “Muito próximo de 100% desses postos estão sem gasolina nesta quarta-feira. Alguns têm etanol e diesel.” O sindicato informou recebeu em torno de 40 denúncias sobre preços abusivos de postos e afirmou que todas foram enviadas ao Procon. “Vejo isso como uma traição ao consumidor. Nesse momento, houve abuso", disse.


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