Da Redação
Com o objetivo de aliar forças na luta contra a pedofilia, autoridades de diversos setores se reuniram na última quinta-feira, 27 de novembro, em uma audiência pública da ALESP - Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. A sessão, que teve início às 14h30min, foi dirigida pelo bispo e deputado José Bruno e contou com uma mesa composta por nomes como o delegado da Polícia Civil, Ricardo Guanais, o promotor José Carlos Blat, o bispo Geraldo Tenuta, entre outros.
Temas como a evolução da internet, necessidade de preparo para receber crianças que sofreram abuso e uma preocupação em proporcionar tratamento psicológico, também aos que praticam o crime em questão; bem como sugestões para aplicação de penas e a instalação de uma CPI para investigar a rede, que apóia tais delitos, fizeram parte das explanações apresentadas na audiência.
Em entrevista ao Portal Guia-me , o então dirigente da sessão, José Bruno, afirmou que a aprovação para qualquer tipo de CPI - no caso a que investigará a rede de pedofilia - aguarda decisão da própria Assembléia Legislativa, que recebe a proposta. ''A instalação de uma CPI depende apenas da estrutura da Casa. (...) Há uma grande fila de CPIs, sejam aquelas propostas pela oposição - contra as contas do governo - ou tantas outras pedidas aqui. Após um ano e meio de mandato, quando surgiu todo esse assunto, protocolamos a nossa CPI''.
Precaução
As preocupações demonstradas pelo deputado durante a sessão demonstraram desejos, não somente de penalizar os delatores em questão com a devida severidade, mas também proteger a sociedade de possíveis voltas desses criminosos, investigando mais a fundo as causas desse distúrbio delinqüente. "O tratamento do pedófilo pode parecer misericórdia, pena, dó do pedófilo, mas não. O tratamento dele é a nossa segurança para que ele não volte cometendo a mesma coisa", afirmou.