Apesar da decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Paraná para que, pelo menos, 50% da frota de ônibus deCuritiba circule, nesta quarta-feira (15), segundo dia de greve, os veículos não foram vistos pela população. Como não há metrô ou trem na capital paranaense, os ônibus são a única opção para quem necessita de transporte público.
Às 11h, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) e representantes patronais têm uma nova reunião com TRT. No período da tarde, às 15h, haverá assembleia da categoria na Praça Rui Barbosa, no centro da cidade.
Os motoristas e cobradores decretaram greve na noite de segunda-feira (13) afetando, já no dia seguinte, a rotina da cidade. Algumas lojas e agências bancárias não abriram e o trânsito ficou ainda mais complicado. A categoria reivindica aumento salarial de 15% e pede que o vale-alimentação seja de R$ 300.
Na tarde de terça-feira (14), os trabalhadores rejeitaram a proposta de aumento real de 8%, mais incremento de R$ 95 no vale-alimentação, que atualmente é de R$ 105. Ao todo 2,3 milhões de passageiros são prejudicados com a paralisação.
Na manhã desta quarta-feira, não havia ônibus no terminal do Pinheirinho, que liga diversas cidades da Região Metropolitana ao centro de Curitiba, e na Praça Rui Barbosa, que normalmente registra movimento intenso.
A Polícia Militar (PM) foi acionada em uma garagem de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana. De acordo com a polícia, alguns grevistas tentaram impedir a saída dos veículos. O Sindimoc afirmou que encontra resistência dos trabalhadores para cumprir a decisão judicial. A informação repassada ao G1 é de que a direção do sindicato está percorrendo as garagens para convencer motoristas e cobradores a retonarem às atividades. O Sindimoc pode ser penalizado em R$ 100 mil por dia.