O secretário estadual de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, admitiu hoje (14) a contratação, em caráter temporário, de guarda-vidas civis para os postos de salvamento da orla marítima do Rio de Janeiro, caso os guarda-vidas do Corpo de Bombeiros, que estão em greve, não retornem ao trabalho até terça-feira (17). Côrtes percorreu neste sábado a orla carioca e constatou a ausência de 70% dos guarda-vidas nos postos de salvamento, que estão funcionando apenas com oficiais e bombeiros combatentes.
Em um fim de semana de tempo encoberto e chuva em vários pontos da cidade, é pequena a frequência de banhistas nas praias do Rio. Apesar disto, a Secretaria de Saúde instalou hospitais de campanha nas praias de Ipanema e de São Conrado, que vão funcionar aos sábados e domingos, cada um com dois leitos para recuperação de afogados, enquanto durar a greve. Nas praias de Copacabana e da Barra, o Centro de Recuperação de Afogados da Secretaria já mantém duas unidades fixas.
O comandante-geral dos Bombeiros, coronel Pedro Machado, fará segunda-feira (16) uma convocação para que todos os guarda-vidas retornem ao trabalho no dia seguinte. O secretário Côrtes acredita no esvaziamento da greve após a decretação da prisão preventiva dos líderes do movimento, decidida ontem (13) pela juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, da Auditoria da Justiça Militar do Rio.
É um movimento puramente político, que perdeu totalmente sua legitimidade a partir do momento em que eles começaram a fechar ruas, quebrar ônibus, e principalmente faltar aos plantões, colocando deliberadamente em risco os banhistas , não só cariocas, mas também turistas nacionais e estrangeiros. Isso configura obviamente um crime, disse.
Os guarda-vidas querem aumento do piso salarial de R$ 950 para R$ 2 mil.