Fiscais apreenderam 11 barcos durante ação em
reserva indígena (Foto: Badaró Ferrari)
Oito pescadores foram presos em flagrante com 11 barcos e 11 motores para barcos durante uma fiscalização ambiental na terra indígena Kapoto-Jarinã, localizada na cidade de Peixoto de Azevedo, 692 km de Cuiabá. De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), cada uma das pessoas presas terá que pagar uma multa de R$ 1 mil e serão denunciados ao Ministério Público Federal por crime ambiental.
Além dos objetos destes pescadores, uma pousada foi embargada e terá que pagar uma multa de R$ 450 mil. As apreensões fazem parte da Operação Txokrã, cujo nome faz alusão à uma fruta da região. O Ibama ainda informou que as pousadas situadas nas redondezas da reserva indígena vedem pacotes de turismo incluindo a possibilidade de usufruir os benefícios naturais do local, o que é proibido. Segundo o representante da Fundação Nacional do Índio (Funai), Henrique Klocker de Camargo, que participou da operação, deve ser respeitados os limites da pesca. Pesca não é uma atividade proibida, mas é necessário que ela seja feita fora das áreas indígenas, pois os índios não fazem pesca esportiva, mas fazem da pesca a sua subsistência., ressaltou.
Na concepção do Cacique da tribo Caiapós, Waiwai, o homem branco destrói a natureza. Nosso supermercado é a floresta. Daqui tiramos o nosso sustento e se o pescador acabar com o peixe, meus netos e bisnetos vão tirar de onde sua alimentação? Por isso chamamos o Ibama para que não deixe o [homem] branco entrar na terra do índio., frisou. Segundo o Ibama as operações à margem do Rio Xingu devem acontecer com mais frequência.