Líderes viram centro das críticas em debates da Band

Líderes viram centro das críticas em debates da Band

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:17

Cenário em que favoritos tiveram de desviar das alfinetadas ocorreu em Estados como São Paulo, Pernambuco, Bahia e Rio Na série de debates regionais organizados nesta quinta-feira pela Band, os candidatos que despontam nas pesquisas em alguns dos principais colégios eleitorais do País se transformaram em alvo central das críticas de adversários. O cenário em que o líder nas pesquisas teve de desviar sucessivamente das alfinetadas se repetiu em Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia.

Favorito na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes e com chances de vencer no primeiro turno segundo as últimas pesquisas, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi cobrado logo na abertura do debate pelo resultado dos governos comandados por seu partido no Estado. "Depois de 16 anos que o PSDB governa o Estado de São Paulo os problemas não foram resolvidos", provocou o senador Aloizio Mercadante (PT), segundo colocado nos levantamentos de intenção de voto. Alckmin rebateu: "São Paulo cresce desde 2004 acima do PIB brasileiro. A locomotiva voltou a pulsar forte".

Depois de se transformar também em alvo de ataques do candidato do PP, Celso Russomanno, Alckmin subiu o tom na resposta aos rivais: "O que estamos vendo aqui é uma aliança entre o petismo e o malufismo", ironizou. O debate, apesar dos ataques, não reteve a atenção da plateia. Vários aliados do tucano, entre eles o vice Guilherme Afif Domingos (DEM) e o presidenciável José Serra (PSDB), deixaram o estúdio após apenas uma hora de confronto.

Líder na disputa estadual do Rio, o peemedebista Sérgio Cabral passou por situação semelhante. Logo no primeiro bloco, o governador foi cobrado pelo adversário do PR, Fernando Peregrino, pelo fato de sua esposa prestar serviços de advocacia ao Metrô. "Eu lamento que o senhor tente abordar isso. Outros partidos tentaram fazê-lo na TV e perderam o horário eleitoral gratuito", respondeu Cabral.

O quadro se repetiu em Pernambuco, onde o governador Eduardo Campos (PSB) atraiu a maior parte das críticas. Adversários ressaltaram promessas não cumpridas nas áreas de saúde, educação e a falta de planejamento contra enchentes. Jarbas Vasconcelos (PMDB), por exemplo, iniciou a fala acusando a devastação da administração do antecessor Arraes, da qual o governador fazia parte. Alheio às críticas, Campos exaltou seu governo e a parceria com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do País, o clima esquentou no quarto bloco, quando o candidato do PSDB, Antônio Anastasia, subiu o tom contra o rival peemedebista Hélio Costa. O tucano perguntou a Costa se ele admitiria a participação de Carlos Henrique Custódio no governo estadual se for eleito. Custódio é ex-presidente dos Correios, empresa ligada ao Ministério das Comunicações - pasta que Costa chefiou - e foi demitido pelo presidente Lula devido à denúncias de corrupção. "O candidato ( Anastasia ) faz parte de um lobby paulista que está mal informado sobre a questão e procura apenas desestabilizar o governo federal”, respondeu Costa.

Em Brasília, os candidatos do PSC, Joaquim Roriz, e do PT, Agnelo Queiroz, se viram às voltas com peguntas dos rivais sobre o mensalão do DEM. Roriz chegou a admitir pela primeira vez que o suposto esquema de pagamento de propina pode ter sido montado durante sua administração. “Não posso afirmar se começou ou não começou no meu governo”, afirmou Roriz. “Pode até ser que tenha começado no meu governo. Não conhecia a personalidade de todos, não conhecia o comportamento das pessoas, então confiei”, disse. 

Na Bahia, contrariando as expectativas, a esperada troca de farpas centradas no governador Jaques Wagner não aconteceu. As poucas polêmicas no debate foram protagonizadas por Marcos Mendes (PSOL), que criticou Geddel Vieira de Lima por ter enviado à Bahia, em 2009, mais da metade dos recursos do Ministério da Integração Nacional, pasta que comandava na época. Já no Rio Grande do Sul foi a governadora Yeda Crusius (PSDB) quem levou a maioria das críticas.

Os debates da Band foram organizados em 14 Estados e no Distrito Federal. Os confrontos, que acontecem uma semana depois do primeiro debate presidencial realizado pela emissora, levaram boa parte dos candidatos em todo o País a reservar ao menos parte da agenda para se preparar para o evento. Ainda assim, vários postulantes decidiram manter sua agenda de campanha nesta quinta-feira. Os debates acontecem na capital federal e em São Paulo, Salvador, Curitiba, Belo Horizonte, Natal, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Palmas, Manaus, Florianópolis, Vitória, Recife, Goiânia e Cuiabá.

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