O leite faz parte da alimentação diária das crianças, mas as mães sabem que não podem exagerar na quantidade. "São três vezes por dia, na hora que ele acorda, uma à tarde antes da soneca, e uma na hora que ele vai dormir", conta Aline Medeiros Pache, mãe do Luiz Gustavo.
Um estudo realizado nos Estados Unidos revelou que o uso prolongado aumenta o risco de obesidade infantil. Segundo os pesquisadores, para conter o choro ou a manha dos filhos, os pais acabam usando a mamadeira como fonte de conforto para as crianças e esquecem de computar o alimento na dieta diária. Aí o que era para fortalecer, acaba se transformando em perigo para a saúde.
A obesidade infantil pode levar a problemas cardiovasculares, hipertensão, diabetes e excesso de colesterol no sangue. Quanto mais cedo essas doenças aparecem, as chances de a criança ter uma vida cheia de restrições também aumentam.
"A gente consegue resgatar essas crianças a uma tendência de ela não carregar esses problemas a longo prazo. Por isso a necessidade de a família se envolver no tratamento. Mas se a criança já tem diabetes e hipertensão, pode ser que isso se leve para o resto da vida", diz a pediatra Débora Marchetti.
Luiz Gustavo tem um ano e dois meses. Já divide a mamadeira com outros alimentos durante o dia: frutas e a papinha que a mamãe prepara no almoço e jantar.
Dicas
A dieta balanceada é essencial, principalmente nos primeiros dois anos de vida da criança. Mamadeira pode sim, mas em horários específicos e longe das grandes refeições. A nutricionista Dezirrê França Roring dá as dicas: "A recomendação é de 500 a 600 ml por dia e fracionar isso em duas a três vezes ao dia somente, e não oferecer perto das principais refeições pois pode atrapalhar a absorção do ferro. Não substitua um almoço pelo leite, e sim ofereça mais tarde".