A cachorra de rua que sobreviveu após ficar 14 horas presa no para-choque de um carro em Santa Catarina, passou por uma cirurgia e voltou a andar, mas segue à procura de um dono. A cadela foi atropelada no dia 21 de setembro por uma família carioca que passava férias em Balneário Camboriú. O acidente só foi notado no dia seguinte, quando um funcionário do hotel onde se hospedavam avisou que o cão estava vivo dentro da carroceria do automóvel.
Desde então, a cachorra ficou sob os cuidados da médica veterinária Melissa Marchiori, de 36 anos. Ao G1, ela disse nesta segunda-feira (7) que o animal se recupera bem e voltará a ter uma rotina normal em 30 dias.
"O procedimento cirurgico no fêmur foi realizado na quarta-feira [1º] e foi colocado um pino na pata dela. Ela precisa de repouso, mas aos poucos irá voltar para a rotina normal. Ela vem recebendo os cuidados normais e agora precisa de um dono", disse a veterinária.
A mobilização na cidade foi grande por causa da luta do bichinho para sobreviver. De acordo com Melissa, a população montou uma força tarefa para que a cadela voltasse a andar.
"Conseguimos a operação a preço de custo na clínica Mascotes e alguns clientes meus se juntaram para pagar o procedimento e os cuidados básicos. Estou dando apoio na recuperação dela, mas agora estamos empenhados para achar um lar para ela", disse.
Família viu um vulto
De acordo com o motorista Carlos Roberto Vidal, o atropelamento aconteceu no trajeto de volta de um parque de diversões para o hotel. A família viu um vulto na estrada, mas não conseguiu identificar que era o bichinho.
“Não deu para ver direito o que era, eu estava a 80 quilômetros por hora e ainda estava chovendo. Como não observamos nenhuma manifestação, seguimos viagem. Em seguida, paramos para jantar e fomos para o hotel dormir”, contou o bancário.
No dia seguinte, quando o funcionário do hotel avisou, Carlos afirmou ao G1 que imediatamente chamou o Corpo de Bombeiros da região para resgatar o animal.
“Fiquei espantado, surpreso com aquilo. O cachorro ficou ali dentro por mais de 14 horas e estava vivo. Eu tinha que voltar para casa e não podia ficar mais tempo na cidade, mas paguei a internação dele em uma clínica veterinária. Agora, estou procurando notícias com a veterinária”, disse.