Deputados da oposição e do PDT apresentaram 16 emendas ao projeto de conversão em lei da medida provisória do salário mínimo, oito delas propondo valores superiores aos R$ 545 estabelecidos pelo governo, segundo informações divulgadas pela Mesa Diretora da Câmara.
Mas segundo o deputado ACM Neto (BA), líder do DEM na Câmara, apenas dois destaques de bancada serão votados nominalmente no plenário na votação desta quarta-feira: o do PSDB, que prevê um reajuste de R$ 600 para o mínimo, e o do DEM, que prevê R$ 560.
Na sessão da Câmara para votar o mínimo, o primeiro a falar foi o relator do projeto do governo, o deputado e ex-presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores) Vicentinho (PT-SP), que defendeu o valor de 545 reais, que foi alvo de vaias ao defender a proposta. A votação desta quarta-feira é o primeiro teste do governo Dilma Rousseff no Congresso.
Entre as 16 emendas apresentadas, o PSDB e o PPS assinam cada um uma emenda propondo o valor de 600 reais para o mínimo, promessa de campanha do candidato tucano derrotado à Presidência, José Serra.
O PPS ainda encabeça outra emenda defendendo um valor de R$ 580. O DEM é responsável por três emendas com propostas diferentes para o mínimo: uma com o valor de R$ 585, outra de R$ 565 e a última de R$ 560.
O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, assina uma emenda no valor de R$ 560 --valor defendido pelas centrais sindicais.
O PDT não aceitou a pressão do Executivo e do seu presidente licenciado, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, para votar nos 545 reais propostos pelo governo.
A bancado do PSOL apresentou uma emenda pedindo o salário mínimo no valor de 700 reais.
Por Leonardo Goy, Jeferson Ribeiro e Mario Carolina Marcello