Uma das maiores empresas de telefonia do Japão vai lançar no mercado o primeiro robô doméstico para fazer companhia às pessoas em casa. O nome dele é Pepper e já chegou às lojas japonesas para os consumidores testarem.
Nada de passar, lavar e varrer. A missão do robô é maior. "A ideia é que o Pepper seja um robô companheiro", sonha o inventor Kaname Hayashi.
Tanto potencial em uma embalagem pequena: 1,21 metros de altura, 28 kg, carregado de equipamentos, câmeras, sensores laser e em 3D, giroscópio, sonares e 20 motores que garantem movimentos suaves.
O Japão acha que é hora de se investir nos robôs para casa, com uma aparência mais amigável. Existem experiências bem-sucedidas como o ASIMO, da Honda. Um humanóide quase perfeito. Mas o convívio com pessoas ainda não é considerado seguro. Humanóides normalmente são grandes e pesados.
O Pepper é menor e foi programado para ser cuidadoso. Percebendo, pelos seus sensores, uma pessoa por perto, não encosta nela.
Diferentemente de alguns robôs que já existem, o Pepper não tem pernas, não é capaz de subir uma escada ou ultrapassar um degrau, por exemplo. É uma limitação, sim, mas as vantagens, segundo os fabricantes, é que ele consome menos energia. A bateria do Pepper dura até 12 horas.
Ele é capaz de compreender mais de 1 milhão de palavras, mas não é um gravador que repete falas ou piadas pré-programadas. "O Pepper consegue interpretar as nossas expressões faciais", explica o inventor. "Mas, como é fácil fingir uma cara feliz ou com raiva, ele também analisa o tom da nossa voz", completa Kaname Hayashi.
Assim, o robô pode fazer um julgamento de como continuar uma conversa seja com uma criança ou com um adulto e até pode brincar.
A empresa à frente do projeto é uma das maiores empresas de telefonia celular do Japão. Nas lojas, já é apresentado aos clientes. Um test-drive antes do lançamento previsto para fevereiro do ano que vem. Não há quem não fique fascinado.