O número de novos casos de infarto do miocárdio (ataque cardíaco) aumenta em cerca de 30% quando a temperatura está abaixo de 14 graus centígrados, ou seja , em temperaturas mais frias.
Os agentes responsáveis por este achado, são a queda de temperatura e o aumento da poluição atmosférica.Um estudo realizado pelo cardiologista Dr. Luiz Antônio Machado César, do Instituto do Coração de São Paulo (Brasil), demonstrou que o número de novos infartos cresce em cerca de 30% , quando a temperatura fica abaixo dos 14 graus centígrados. Outras doenças cardiovasculares como o acidente vascular cerebral (derrame cerebral), angina do peito e as arritmias cardíacas, também são propiciadas pela queda das temperaturas.
As pessoas mais vulneráveis são as portadoras de fatores de risco cardiovascular como colesterol elevado, hipertensão arterial, tabagistas, diabéticos e idosos. Também há um perigo real com a variação súbita da temperatura (choque térmico), como sair de um lugar muito aquecido em direção a um local mais frio. O choque térmico pode ser um gatilho para alterações cardíacas.
Acredita-se que a explicação destes achados seja a liberação excessiva da adrenalina, um neuro-hormônio que sobrecarrega o sistema cardiovascular por aumentar a frequência do batimento cardíaco e a pressão arterial subitamente. O aumento da poluição atmosférica, típica do inverno, que exerce vários efeitos tóxicos para o sistema cardiovascular, também influencia nestes achados.