Estudo do Ministério da Saúde aponta que mais de 2,1 milhões de habitantes no Brasil vivem potencialmente expostos a contaminantes químicos.
De acordo com o levantamento, essas pessoas residem em uma das 2.527 áreas com solo contaminado no país. Os dados serão debatidos durante a 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental, que ocorrerá entre quarta-feira, dia 9, e sábado, dia 12, em Brasília. Foram coletadas na pesquisa as informações dos Estados e municípios no período de 2001 a 2008.
Para Herling Alonzo, professor do Departamento de Medicina Preventiva da Unicamp (Universidade de Campinas), a importância dessa problemática é que ela representa uma situação aparentemente nova para o SUS (Sistema Único de Saúde).
- Porém, sabemos que os problemas de áreas contaminadas com populações expostas são antigos no Brasil e decorrentes dos processos, como o de industrialização.
A Vigipeq (Vigilância em Saúde das Populações Expostas a Contaminantes Químicos) usará os dados do estudo para subsidiar ações e medidas de prevenção e atenção às populações que entraram em contato ou que moram em área de risco.
Segundo a pesquisa, os principais contaminantes são os agrotóxicos, com 20%, derivados do petróleo, 16%, resíduos industriais, 12%, e metais, 11%. Os Estados com mais pessoas potencialmente expostas são São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.