Ainda que com todos os avanços da medicina, muitas mulheres ainda associam o câncer de mama a imagens de sofrimento, como a perda dos cabelos e a mutilação dos seios. No entanto, ser diagnosticada com a doença atualmente não significa receber uma sentença de morte, como pode ter sido a realidade de algumas décadas atrás. Mais que as alternativas de tratamento humanizado que vêm sendo aos poucos disponibilizadas para estas pacientes, há, também, muita esperança no mundo de quem tem câncer de mama.
Quando diagnosticada no início, a doença tem 90% de chances de cura — dado reconfortante em um cenário onde eram previstos, para 2014, mais de 57 mil novos casos de câncer de mama identificados no Brasil, de acordo com dados do Instituto Avon.
Em um panorama mundial, conforme aponta um levantamento do ano passado feito pelo Inca (Instituto Nacional do Câncer), os números do câncer de mama chegaram a 1,67 milhões de novos diagnósticos em 2012, definindo-o, assim, como o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o planeta, seja em países em desenvolvimento ou também nos desenvolvidos.
A doença ainda carrega uma força letal principalmente por conta da detecção tardia. Só no Brasil, o câncer de mama é responsável por 2,5% das mortes femininas, com um total de 12 mil vítimas anuais. Muitos destes casos extremos talvez pudessem ter sido evitados se tivesse havido, justamente, o diagnóstico precoce, especialmente com o rastreamento mamográfico — a popular mamografia —, que tem o poder de reduzir em até 30% a mortalidade das pacientes.