Saiba como se prevenir contra o câncer de mama

Saiba como se prevenir contra o câncer de mama

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:23

Quanto mais cedo, melhor. O diagnóstico precoce representa a principal chance de cura para o câncer de mama. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), os casos detectados em estágios iniciais têm 95% de chance de cura. Até o final deste ano, serão detectados aproximadamente 50 mil novos casos da doença. Desses, 11 mil acabarão causando a morte do paciente. Por isso, a conscientização para a prevenção e a busca por hábitos de vida saudáveis são medidas para se evitar o câncer de mama.

O instituto Oncoguia, organização sem fins lucrativos de São Paulo, desenvolve uma postura voltada para o autocuidado da saúde em pacientes com câncer. A presidente da ONG e psico-oncologista especializada em bioética, Luciana Holtz, afirma que de 40% a 50% dos diagnósticos são feitos em estágios avançados, o que diminui as chances de cura da doença. "Procuramos conscientizar as mulheres sobre quanto cuidar de si mesma é importante, pois ela tende a cuidar de todo mundo e deixar sua saúde para o último lugar", aponta.

Apenas por meio do exame mamográfico o tumor pode ser detectado em fase inicial. A realização do autoexame continua sendo recomendada pelos médicos, porém não deve ser a única forma de diagnóstico. "O tumor em estágio inicial, medindo cerca de um centímetro, só pode ser detectado pela mamografia, a qual é a chave para poder alcançar a cura. A mulher hoje tem mais coisas para fazer além do autoexame", frisa Luciana.

Segundo o INCA, a recomendação é que a mulher a partir dos 50 anos faça a mamografia e repita o exame a cada dois anos. Para as que tiverem histórico de câncer de mama na família, o recomendado tanto pelo Ministério da Saúde quanto pelo INCA é a realização da mamografia a partir dos 35 anos. "A orientação dos médicos é que a partir dos 40 anos a mulher faça mamografia anualmente, independentemente de ter história de risco ou não", afirma.

O conhecimento dos fatores de risco é o primeiro passo para o autocuidado da mulher. O avanço da idade é considerado o maior fator de risco para desenvolver o câncer de mama. Predisposição genética, primeira menstruação antes dos 12 anos, obesidade, tabagismo, sedentarismo, terapia de reposição hormonal combinada por mais de 10 anos e primeira gravidez depois dos 30 anos são fatores que aumentam a chance de uma pessoa vir a desenvolver câncer durante certo período.

"A incidência maior é entre as mulheres de 50 anos. Mas, 30% dos novos casos de câncer de mama referem-se a mulheres com menos de 30 anos", explica Luciana Holtz, da ONG Oncoguia. Ela também ressalta que se a mulher apresentar mais de um fator de risco não necessariamente significa que ela terá câncer de mama, pois grande parte dos diagnósticos não acometem mulheres que se encaixavam nos fatores de risco.

Para um diagnóstico precoce, o segundo passo é a visita regular ao médico ginecologista ou mastologista, que, antes de indicar a mamografia, irá realizar um exame clínico das mamas. "Este exame pode ser feito a partir dos 20 anos de idade", menciona Luciana Holtz.

Além dos fatores de risco, a mulher deve observar alguns sinais de alerta, como a detecção de um caroço nos seios - diferente do que está acostumada no período menstrual -, presença de uma região mais quente ou inchada na mama, dor contínua em alguma parte do seio, mudança na forma ou tamanho da mama, vermelhidão, descamação ou coceira no mamilo, secreção que inicia repentinamente e inversão do mamilo.

Conforme explica Luciana Holtz, o autoexame deve ser realizado mensalmente, uma semana depois do término do fluxo menstrual. Caso a mulher não tenha mais menstruações, a recomendação é que marque um dia do mês e faça o exame sempre na mesma data. "Pergunte para o seu médico como fazê-lo. O importante é que a mulher fique atenta aos riscos que ela tem de desenvolver a doença", afirma.

Como última etapa na prevenção do câncer de mama, a psico-oncologista frisa a importância da adoção de hábitos de vida saudáveis. "A atividade física diminui a quantidade de hormônio feminino circulante, o qual é associado ao aumento do risco".

Manter o peso dentro da faixa saudável, praticar exercícios com frequência, diminuir o consumo de bebidas alcoólicas e não fumar estão entre os hábitos de vida saudáveis. "É importante que a mulher não tenha medo da informação. Hoje é fundamental falarmos em detecção precoce, porque assim podemos falar em cura e em menos sofrimento", ressalta Luciana Holtz.

O tratamento do câncer de mama depende de cada caso, do estágio da doença, do estado físico da mulher e outros fatores. Mas, no geral, a paciente é submetida à quimioterapia, radioterapia e cirurgia.

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