Sensor que descobre câncer antes dos sintomas e sem biópsia é criado por brasileira

A brasiliense Priscila Kosaka, criadora do sensor, informa que ainda esta em fase de testes e pode diagnosticar hepatite e Alzheimer.

Fonte: Guiame, com informações de UolAtualizado: sexta-feira, 10 de abril de 2015 às 20:15
Priscila Monteiro Kosaka
Priscila Monteiro Kosaka

Os especialistas recomendam que, realizar exames periódicamente, a descoberta de uma doença no início tem mais chances de cura. Um exame que pode alcanar esse objetivo já esta encaminhado pela brasileira, a cientista brasiliense Priscila Monteiro Kosaka, 35 anos, doutora em Química e integrante do Instituto de Microeletrônica de Madri.

Kosaka criou um sensor ultrassensível que descobre a doença a partir de um exame de sangue, usando uma técnica chamada de bioreconhecimento, que também poderá ser usada no diagnóstico de hepatite e Alzheimer.

Ela diz que o sensor é inovador porque consegue detectar uma amostra muito pequena em meio a milhares de células, coisa que nenhum outro biomarcador conseguia até então.

Funciona como um mini trampolim, com anticorpos na superfície, que quando "captam" a presença do câncer na amostra de sangue reagem e se tornam mais pesados. O dispositivo faz com que haja uma mudança de cor das partículas. "A superfície do trampolim muda de cor e brilha muito, como se fosse uma árvore de Natal", explica.

O dispositivo possui uma taxa de erro de dois a cada 10 mil casos.

Priscila ressalta que a descoberta está sendo testada há quatro anos, mas ainda falta o teste com amostras de doentes e com biomarcadores de última geração. E antes de chegar ao mercado, é preciso baixar o seu custo. A previsão é de que isso só aconteça dentro de dez anos.

Mas a ideia é que o dispositivo tenha um custo acessível e seja utilizado por meio de exames de rotina, dispensando assim o procedimento da biópsia.

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil tem 576 mil casos de câncer por ano. O câncer de pele do tipo não melanoma (182 mil casos novos) é o mais incidente na população brasileira, seguido pelos tumores de próstata (69 mil), mama feminina (57 mil), cólon e reto (33 mil), pulmão (27 mil), estômago (20 mil) e colo do útero (15 mil).

 

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