Nos dias de temperaturas mais baixas, muitos podem se perguntar: “é impressão minha, ou sinto mais dores no frio?”. Embora ainda não haja comprovação científica, muitos profissionais da área da saúde acreditam que sim, há relação entre dor e frio.
De acordo com o Dr. Bernardo Sampaio, diretor e fisioterapeuta do ITC Vertebral de Guarulhos, algumas alterações ocorrem no metabolismo durante as baixas temperaturas.
“Com o frio, os músculos e vasos sanguíneos realizam contrações involuntárias para manter o corpo aquecido e por conta destas contrações de defesa, aumentam as chances de tensões musculares e também de rigidez articular, dando a impressão de aumento de dores no inverno”, disse ele.
Há quem diga que pessoas mais magras sentem mais frio, pois acreditam que a camada de gordura do corpo possa aquecer. Bernardo adianta que isso é mito. Ele afirma que a relação entre sintomas dolorosos e a baixa temperatura não estão ligadas ao aumento ou diminuição de massa corpórea, mas sim, as atividades diárias realizadas pelos indivíduos.
Pessoas sedentárias tendem a sentir mais dores, já que ficam na maior parte do tempo encolhidas para afastar o frio.
Outros que podem ser prejudicados pelo frio são os idosos que possuem uma maior rigidez articular. Para agravar, com as mudanças de temperatura há o excesso de contração muscular o que aumenta a rigidez e consequentemente diminui o aporte sanguíneo para a musculatura.
“Esse mecanismo pode gerar desconforto. Em casos de idosos que já possuem doenças degenerativas como, por exemplo, as artroses, ou mesmo doenças reumáticas este fator metabólico é um ponto a se considerar, pois tais patologias têm como característica rigidez articular”, sinaliza o fisioterapeuta.
Para evitar possíveis desconfortos, uma dica do especialista é se proteger do frio nas atividades do dia a dia e à noite. O movimento do corpo também é um bom aliado.
“Evite o imobilismo. Procure sempre se mexer ao longo do dia, estimular a circulação do nosso corpo é uma boa dica. Atividades aeróbicas como caminhada também são benéficas”, indica Bernardo.