São poucos os fumantes que sentem por vontade própria que é hora de cuidar da saúde. Além das barreiras como o vício, estresse, que podem interromper essa atitude de abandonar o cigarro, o ciclo menstrual. É o que diz o estudo da pesquisadora Adrianna Mendrek, que concluiu necessidade de uma terapia baseada no gênero.
A pesquisa recrutou 19 mulheres e 15 homens que fumaram um cigarro a cada 40 minutos para certificar de que todos mantniham o mesmo desejo incontrolável. Posteriormente, eles foram colocados em máquinas de ressonância magnética enquanto olhavam para uma série de imagens que se relacionavam ou não com o hábito.
Logo após a sessão de ressonância, as fotos foram novamente mostradas e eles elencaram quais mais estimulavam a vontade de fumar um cigarro. As mulheres passaram por esse procedimentos duas vezes em diferentes fases do ciclo menstrual.
A pesquisas mostraram que durante a fase fulicular (após o período menstrual e antes da ovulação), imagens que se relacionam com cigarro afetam cinco partes diferentes do cérebro, indicando maior vontade de fumar.
Já durante a fase lútea (do dia em que ocorre a ovulação ao primeiro dia do próximo ciclo menstrual) apenas uma parte do cérebro é afetada. De acordo com os pesquisadores, os altos níveis de estrogênio e progesterona desta fase ajudam a mulher a se manter mais forte contra seus desejos.
Apesar de a pesquisadora ter afirmado que as diferenças na ativação do cérebro durante a fase fulicular e a lútea sejam sutis, "considerar o ciclo menstrual pode ajudar as mulheres a pararem de fumar".
Adriana também afirmou que enquanto os homens fumam com mais frequência, as mulheres se tornam depedentes com mais facilidade e tem mais dificuldade em largar o vício.