Após se entregar a Jesus, homem com sentença de 500 anos é solto e evangeliza na prisão

Ron Adkins era perigoso e tornou-se membro de gangue na prisão, onde morreria sem ver a rua.

Fonte: Guiame, com informações da CBN NewsAtualizado: quarta-feira, 28 de agosto de 2019 às 13:51
Ron Adkins quando foi preso (no destaque) e hoje como ministro do Evangelho (no centro da foto). (Foto: Reprodução/Facebook)
Ron Adkins quando foi preso (no destaque) e hoje como ministro do Evangelho (no centro da foto). (Foto: Reprodução/Facebook)

Ron Adkins era um homem mau que recebeu sentenças que chegaram a 495 anos por uma série de arrombamentos em casa: 99 anos para cada uma das cinco acusações que tinha.

Ele tinha 22 anos quando foi enviado para a prisão, onde pegou uma sentença adicional de cinco anos por posse de um celular não autorizado. Isso elevou sua sentença total para 500 anos. Sem esperança de sair da prisão, ele atacou.

"Eu comecei a fazer uma reputação, criando uma vida para mim na prisão", explicou Adkins. "Por isso, eu me tornei muito violento."

Adkins se juntou a uma gangue de prisioneiros e desenvolveu uma persona perigosa, sinônimo de problemas. Assim, acumulou 250 violações nas prisões por constantemente brigar com outros detentos e funcionários.

Sua beligerância estava tão fora de controle que vários guardas da prisão tinham que se adequar para acompanhá-lo ao banheiro, colocando algemas em suas mãos e pés.

Seu comportamento violento finalmente o colocou em confinamento solitário, onde Adkins acabou ficando por 13 anos.

Leitura da Bíblia

Sozinho e com tendência suicida, ele se voltou para Deus e uma Bíblia gasta que ele inicialmente não se interessou em ler.

"Metade das páginas estava faltando porque eu a usava para papéis de enrolar. Eu estava fumando cigarros com escritos bíblicos", contou Adkins. "Assim, tudo o que restou da Bíblia foi o Novo Testamento."

Das páginas que foram deixadas intactas, Adkins disse que aprendeu sobre graça, perdão e o amor de Deus, o que o levou a deixar a gangue e se unir a um estudo bíblico realizado na prisão.

Ele também se matriculou em cursos ministeriais e conseguiu ficar longe de problemas pelo restante de seu tempo na prisão.

Experimentando milagres

Em 2012, enquanto Adkins crescia em sua fé e continuava exibindo "bom comportamento", ele experimentou seu primeiro milagre: uma revisão surpresa que resultou em uma liberdade condicional mais de 80 anos antes de sua elegibilidade projetada em 2095.

Depois de quase um quarto de século de encarceramento, ele foi libertado em maio de 2015.

"Foi incrível. Eu nem acreditava que fosse real até passar pelo portão", lembra Adkins.

Fora da prisão, ele encontrou trabalho como operador de equipamentos pesados; e durante seu período de folga, ele estendeu sua fé ao compartilhar seu testemunho em igrejas e conferências de reforma da justiça criminal, que é onde ele conheceu sua esposa, Dawn Knighton - também ex-criminosa e agora conselheira cristã licenciada.

Ajuda do juiz

Adkins e sua esposa, Dawn, mudaram-se para a Flórida em agosto de 2017, mas retornam ao Texas pelo menos uma vez por mês.

Sua história improvável teve um efeito cascata em toda a comunidade e o colocou em frente ao juiz que o havia condenado anos atrás.

Como ex-policial, promotor e juiz distrital, Robert Newsom divide seu tempo servindo como administrador-chefe do Condado de Hopkins e juiz de sucessões em parte do tempo, cuja filosofia judicial é influenciada por sua fé e pelos princípios de justiça e compaixão.

Os dois se reconectaram, agora com algo em comum: a fé em Cristo.

"Eu acredito na lei. Eu promovo a lei. Eu permaneço com a lei", explicou Newsom, que também é ministro ordenado em Cristo pelas Nações. "Por outro lado, há um lugar para a misericórdia embutido em nossa lei."

Essa reconexão fez com que o juiz Newsom apresentasse Adkins ao xerife local que, por sua vez, deu a ele e a sua esposa, Dawn, acesso à cadeia do condado para compartilhar suas histórias com os detentos.

Ministério

O xerife do condado de Hopkins, Lewis Tatum, disse à CBN News que viu uma mudança dramática no comportamento e na atitude dos detentos desde que o casal começou o ministério da prisão.

"Parece que não há tanta hostilidade. Eles parecem mais focados. Eles são mais agradecidos", disse Tatum. "Eles sempre falam e querem apertar sua mão. Costumava ser que eles nem queriam fazer contato visual com você."

Dawn, esposa de Adkins, batiza prisioneira. (Foto: Reprodução/Facebook)

O trabalho do casal produziu outros resultados. Adkins e sua esposa batizaram detentos e até alguns funcionários da prisão. Segundo o juiz Newsom, o ministério deles provocou um "mini reavivamento" no condado.

Adkins acredita que este novo capítulo é uma evidência de que seu passado sórdido está sendo reescrito para criar um legado duradouro:

"No mesmo lugar onde fui condenado a morrer na prisão, Deus vai nos usar para trazer as coisas mortas de volta à vida", declarou Adkins. "E é isso que ele está fazendo. Na prisão, nas noites de adoração, nas reuniões de oração: Ele está apenas trazendo coisas mortas de volta à vida."

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