Casey Diaz é filho de imigrantes salvadorenhos que foi criado em Los Angeles. Ele tinha apenas 8 anos de idade quando decidiu matar seu pai usando um aquecedor a gás portátil. Ele conta que empurrou o rosto do pai, bêbado, para que ele inalasse o gás e morresse. A infância difícil com o pai o empurrou para uma vida de crimes e gangues.
Casey foi preso na Penitenciária Estadual de Folsom, onde, tempos depois, teve um encontro sobrenatural com Jesus. Ele viu Jesus, que lhe mostrou em uma visão sua vida de pecados. Após a conversão e durante sua prisão, Casey levou mais de 200 detentos a Cristo.
Ainda menino, Casey entrou para uma gangue, empurrado pelo relacionamento com seu pai, que era alcoólatra, violento e abusivo. Sua ficha criminal crescia e tempos depois, foi preso.
Com apenas dezesseis anos, Casey foi condenado a mais de doze anos em confinamento solitário na mais dura prisão da Califórnia, como um dos infratores mais violentos do estado. Ele pensou que sua vida havia acabado.
Na cadeia tentou estrangular um detento e foi enviado para uma solitária. Lá recebeu a visita de uma mulher cristã, chamada Frances, para um estudo bíblico mensal.
Casey a questionou: “Você é louca? Do que está falando? Estudo da Bíblia? Ela não sabe com quem está falando”.
Frances disse a Casey: “Você sabe, eu vou estar orando por você e te colocando na minha lista de desejos de oração”. Casey disse que Frances sempre usava essas palavras.
E ele a respondia: “Você pode fazer o que quiser, tudo bem. Mas estou deixando você saber logo de cara, eu não estou interessado em qualquer um dos seus estudos bíblicos ou qualquer coisa religiosa em que você traga”
Durante um ano, uma vez por mês, Frances visitava Casey e ele se recusava a ouvi-la. Mas todas as vezes, a resposta dela era a mesma: “Estou orando por você e Jesus vai usar você”.
Ouvindo a voz de Jesus
Uma noite, em seu segundo ano de solitária, Casey estava acordado, deitado em sua cama quando teve uma visão.
“De repente, comecei a ver o que parecia ser um rolo de filme. Eu via imagens que só eu sabia a respeito de mim na infância. Apareciam alguns detalhes, como a primeira coisa que eu roubei aos 7 anos, depois carros que eu roubei. O primeiro esfaqueamento que eu fiz”, contou Casey.
Ele diz que na sequência, uma cena diferente apareceu. “E pude ver um homem carregando uma cruz. E vi as marcas em seus pés e mãos”.
Casey diz que o homem o chamou por um nome diferente do que as pessoas o chamavam e o conheciam.
O homem disse: “Darwin, eu fiz isso por você”. Casey disse que o homem o chamou pelo seu nome de verdadeiro, que é Darwin. “E eu podia ouvir na minha cela, audivelmente, até mesmo a respiração dele”, contou
“Eu estava no meio daquele andar e comecei a chorar. Chorava incontrolavelmente. E dizia Deus ‘Eu sinto muito por esfaquear essa pessoa e esfaquear essa pessoa aqui. Eu não sabia o que estava fazendo’”, relatou.
Casey disse que não entendia o que estava acontecendo, mas sabia que algo havia acontecido ali, pois ele sentia uma liberdade que nunca havia experimentado em sua vida.
Vida para Jesus
Casey disse que Jesus lhe pediu para falar com o capelão da prisão.
Assim que ouviu o relado de Casey, o capelão lhe explicou que “o que aconteceu naquela cela foi Deus dizendo que já te perdoou. É por isso que você se sente tão livre”.
Ele orou com o capelão e se entregou a Cristo.
Casey disse: “Foi Deus lidando comigo daquela forma, removendo de mim o desejo de querer ferir as pessoas. Aquilo foi embora sobrenaturalmente”.
A fé de Casey foi testada quando, aos 18 anos, ele foi solto da solitária e recebeu um golpe em sua cabeça de um preso que chegou à cela com uma faca. Casey entendeu que aquilo era como um desafio que diria se ela se manteria como um cristão e deixaria a gangue.
A resposta de Casey ao homem que o provacava foi: “Eu não posso atacar você.” O homem insistia e o provocava: “Mas o que você está fazendo, eu vou rolar com você”.
Mas a fé de Casey o ajudou e aquele homem se tornou “a primeira pessoa que eu levei para o Senhor, aquele era o cara que foi designado para me fazer bem-sucedido como cristão”.
Nos cinco anos restantes de sua sentença, Casey levaria mais de 200 detentos a Cristo. Aos 25 anos, Casey foi libertado.
Com o tempo, ele perdoou seu pai, que acabou dando sua vida a Cristo também. Hoje, Casey possui um negócio de sucesso e vive em Los Angeles com sua família.
“Vir a Cristo foi, é e sempre será a melhor decisão que qualquer homem poderia tomar. Ele é tão implacável em sua busca por nós. Você pode não perceber imediatamente. Mas Deus está atrás do pecador. Seu favor e Sua misericórdia e Sua graça, te toca”, testemunhou.
Lembranças
A violência do pai fazia com Casey o odiasse. “Ele batia em minha mãe bem na minha frente. Eu me lembro de vê-la em um armário com sangue escorrendo e eu não podia fazer nada”, descreveu
Casey disse que em uma ocasião o pai o agarrou pelos ombros e lhe disse: “Nunca mais me chame de pai. Nunca me chame de pai.”
Ele disse ter sentido um enorme vazio. “Você se sente inútil. Você se questiona ‘Por que estou aqui?’ Eu fiquei com raiva. Eu fiquei muito bravo”, lembra.
Diante desses episódios com seu pai, Casey encontrou um objetivo de vida em uma gangue. Ele se tornou muito violento, esfaqueando sua primeira vítima com apenas 11 anos de idade.
Casey explica que “o que tornou fácil para eu esfaquear alguém é que colocava o rosto do meu pai em cada uma das minhas vítimas.”
Mais vítimas seguiriam, e Casey passou a ter uma longa ficha criminal. Ele cresceu no mundo das gangues, temido e caçado por gangues rivais. Aos 16 anos, Casey foi condenado a 12 anos em uma instalação de correção juvenil por homicídio em segundo grau e 52 acusações de assalto à mão armada.
Ele governou a prisão infestada de gangues, até atacar outro preso. Casey conta que o estrangulou quase até a morte. Foi essa situação que o colocou em confinamento solitário onde teve seu encontro com Deus.
Casey escreveu a história de sua vida que está no livro “The Shot Caller: A fuga milagrosa de um gangbanger latino de uma vida de violência para uma nova vida em Cristo”, recém-lançado nos EUA pela editora Thomas Nelson.
Hoje Casey gosta de conduzir aulas de treinamento de discipulado e compartilhar sua história em todo o país. Ele se diz grato a Deus por ter recebido uma segunda chance na vida. Casey é casado com Sana, pai de três filhos e pastor comunitário em uma igreja local em Burbank, Califórnia.
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