Após ser forçada a aceitar clube LGBT, universidade judaica suspende todos os clubes

Devido a seus valores religiosos, a Yeshiva University não havia reconhecido oficialmente a “YU Pride Alliance” como um de seus clubes estudantis.

Fonte: Guiame, com informações do The Christian Post Atualizado: terça-feira, 20 de setembro de 2022 às 14:25
A Yeshiva University está em uma disputa judicial para garantir sua liberdade religiosa. (Foto: Captura de tela/Google Maps).
A Yeshiva University está em uma disputa judicial para garantir sua liberdade religiosa. (Foto: Captura de tela/Google Maps).

Uma universidade judaica ortodoxa suspendeu todos seus clubes estudantis, após ser forçada a aceitar um clube LGBT em uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, na semana passada.

Na sexta-feira (16), a Yeshiva University (YU) anunciou aos alunos por e-mail que "adiaria todas as atividades do clube de graduação enquanto, imediatamente, toma medidas para seguir o roteiro fornecido pela Suprema Corte dos EUA para proteger a liberdade religiosa da YU".

Segundo um porta-voz da universidade, a instituição já apresentou os documentos, conforme pedido pela Suprema Corte, na sexta-feira (16) e prevê que o caso seja concluído logo.

"Prevemos uma conclusão rápida nos tribunais e o início dos clubes em breve", afirmou o porta-voz, ao The Christian Post.

Katie Rosenfeld, a advogada que representa a YU Pride Alliance, o clube LGBT, condenou a ação da universidade, chamando de “tática vergonhosa”.

"O anúncio da administração da YU hoje de que cancelará todas as atividades do clube estudantil em vez de aceitar um grupo de apoio aos pares LGBTQ no campus é um retrocesso a 50 anos atrás”, alegou Katie, em um comunicado publicado pela CNN.

Decisão da Suprema Corte

Na quarta-feira (14), em uma votação de 5 a 4, a Suprema Corte recusou o pedido de bloquear uma decisão do tribunal estadual, que ordenou que a Yeshiva University reconhecesse oficialmente a “YU Pride Alliance” como um clube estudantil da instituição.

A Universidade Judaica, que possui cerca de 6 mil estudantes, declarou à Corte: "Como uma universidade judaica profundamente religiosa, a Yeshiva não pode cumprir essa ordem porque isso violaria suas crenças religiosas sinceras sobre como formar seus alunos de graduação nos valores da Torá".

Os juízes da Suprema Corte argumentaram que o caso deveria voltar a ser analisado por tribunais estaduais.

Segundo o advogado da universidade, Eric Baxter, do grupo jurídico Becket Fund for Religious Liberty, que defende a liberdade religiosa, caso os tribunais estaduais não atendam ao pedido da Yeshiva, "eles podem retornar à Suprema Corte para buscar sua proteção novamente”.

Universidade processada

O grupo estudantil LGBT surgiu em 2018, mas a Yeshiva University não lhe concedeu status oficial porque seria “inconsistente com os valores da Torá da escola e o ambiente religioso que ela busca manter”.

Então, no ano passado, a YU Pride Alliance entrou com uma ação na justiça contra a universidade judaica.

Em junho, a juíza do estado de Nova York, Lynn Kotler, determinou que a universidade tem como objetivo principal a educação e não os valores religiosos, e, por isso, não está isenta da Lei de Direitos Humanos da cidade de Nova York, que proíbe a discriminação por um local público.



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