Reino Unido abrirá três novas clínicas estatais para transição de gênero neste ano

Por outro lado, o governo anunciou que abandonou os planos de implementação da autoidentificação de gênero no censo de 2021.

Fonte: Guiame, com informações do Evangelical FocusAtualizado: segunda-feira, 28 de setembro de 2020 às 14:48
Edifício do Tavistock e Portman NHS Foundation Trust em Londres, Inglaterra. (Foto: YouTube/Sky News)
Edifício do Tavistock e Portman NHS Foundation Trust em Londres, Inglaterra. (Foto: YouTube/Sky News)

O governo do Reino Unido tornará a transição de gênero mais fácil e os certificados de reconhecimento de gênero mais baratos, disse a ministra para Mulheres e Igualdade, Elizabet Truss, ao Parlamento.

O anúncio de inauguração de novas clínicas de transgêneros estatais, integradas ao Sistema Único de Saúde (NHS) do país foi feito pelo governo.

“Pessoas trans nos dizem que as listas de espera nas clínicas de gênero do NHS são muito longas. Concordo e estou profundamente preocupado com o sofrimento que pode causar”, disse a ministra.

“É por isso que estamos abrindo pelo menos três novas clínicas de gênero este ano, que devem ter listas de espera reduzidas em cerca de 1.600 pacientes até 2022. O benefício total dos aumentos na capacidade clínica que conseguimos garantir levará a uma maior escolha do paciente, menor tempo de espera, melhor cobertura geográfica e acesso mais fácil”, declarou.

O governo também deu sua resposta oficial a uma consulta sobre possíveis emendas à Lei de Reconhecimento de Gênero de 2004, que permite que pessoas com disforia de gênero mudem seu gênero legal.

“Como governo, estamos determinados a que todos no Reino Unido sejam livres para viver suas vidas e realizar seu potencial, independentemente de sexo, identidade de gênero, raça ou deficiência”, disse Truss, ao apresentar a posição do governo.

A ministra para Mulheres e Igualdade, Elizabet Truss, fez o anúncio de novas clínicas em sua fala ao Parlamento. (Foto: Reprodução / EP)

A “filosofia” do governo, acrescentou a ministra, é “que o caráter de uma pessoa, suas ideias e sua ética de trabalho superam a cor de sua pele ou seu sexo biológico. Acreditamos firmemente que nem a biologia nem o gênero são destino (...) Queremos que cada indivíduo, independentemente de seu sexo, orientação sexual ou identidade de gênero tenha a confiança e a liberdade de ser ele mesmo”, concluiu.

Entre as mudanças que o Reino Unido vai introduzir, estão as “pessoas que desejam mudar de sexo legal” poderão solicitar um Certificado de Reconhecimento de Gênero a um custo “nominal”, disse Truss.

Sem autoidentificação de gênero no censo

Por outro lado, o governo anunciou que abandonou os planos de implementação da autoidentificação de gênero no censo de 2021.

Os especialistas advertiram que tal iniciativa “prejudicaria a confiabilidade dos dados em uma variável demográfica fundamental e prejudicaria a capacidade de capturar e remediar a discriminação e a desigualdade baseadas no sexo”.

A ministra concluiu sua declaração dizendo que continuará trabalhando com grupos LGBT para promover seus direitos “no mundo”.

Reação cristã

O subdiretor de Comunicação do Instituto Cristão, Ciarán Kelly, acolheu com agrado a notícia de que os planos de autoidentificação não iriam adiante.

“Apesar do que certos ativistas querem fazer crer, legalizar a autoidentificação de gênero traria consigo uma série de problemas, e é certo e adequado que tenha sido rejeitado”, explicou.

Kelly acrescentou que “o governo ainda precisa introduzir melhores proteções para menores de 18 anos. Algumas escolas caíram no mito de que o gênero está ‘dentro de um espectro’ ou pode ser ‘não binário’. Existem até jovens que foram pressionados a tomar decisões que mudam suas vidas, como tomar hormônios sexuais cruzados. Tudo em nome da ideologia transgênero. Isso tem que parar”.

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