Há um fato acontecendo dentro da igreja institucional e organizada, e que encontra eco em diversos sites na internet e reuniões acaloradas da cristandade dentro e fora das denominações. São os pejorativamente chamados "desviados", afastados ou simplesmente; pessoas desencantadas com a igreja institucional por diversos motivos.
Entre estes, estão aqueles que abandonaram, não somente a igreja, mas também a fé cristã, isto é, entraram pelo caminho da apostasia. Mas existem aqueles que estão separados da instituição denominacional, querem ser cristãos "sem igreja". Este movimento cresce todo dia com força, no Brasil e no mundo cristianizado. Muitas editoras estão lançando livros que debatem esta linha de pensamento, sobre os "desigrejados", e analisando as consequências à médio e longo prazo deste movimento.
Concordo com alguns pontos dos "desigrejados", principalmente aqueles que se referem ao uso indevido de autoridade eclesiástica, e ao processo disciplinar humilhante em que alguns foram submetidos.
Não carrego nenhuma ilusão quanto a igreja. Sei que homens imperfeitos fazem a gestão de diversos trabalhos e aconselhamento de inúmeros casos todos os dias. E que a falha, o erro e a limitação estão presentes em todas as áreas da sociedade, assim como na igreja. Mas jamais poderei concordar com a possibilidade de viver o cristianismo longe dela.
Cristianismo sem igreja, não é cristianismo, mas uma outra expressão religiosa. Diferente da proposta deixada por Jesus, uma vez que ele deixou uma igreja organizada, e estruturada desde o seu nascedouro. Tanto nos Evangelhos, quanto no restante do Novo Testamento.
O que acredito, é que a maioria dos "desigrejados" querem viver o cristianismo ao "seu próprio modo". Viver o cristianismo, sem a comunhão, sem a disciplina, sem a integração dos irmãos, sem os cultos regulares, sem as ordenanças conforme a ordem do Senhor da Igreja.
Jesus ordenou que seus seguidores fizessem discípulos por todo o mundo, e que fossem batizados e ensinados em tudo o que ele havia mandado (Mt 28.19-20).
Eles obedeceram as suas ordens e organizaram estas pessoas convertidas em igrejas apostólicas organizadas e baseadas nos ensinos apostólicos, com líderes bem definidos e preparados, e debaixo do governo espiritual de Jesus Cristo.
Bruno dos Santos é Diretor do VidaSat Comunicações, Coordenador Geral da CIA (Coalizão das Igrejas Apostólicas) e pastor da Igreja Vida Nova em São Paulo. Escritor e Conferencista, é formado em Teologia com especializações em Novo Testamento e Liderança. Casado com Silvia Regina, é pai do Lucas, da Laís e da Ana Luiza.