“Não se esqueça de seu Criador nos dias de sua juventude. Honre-o enquanto você é jovem, antes que venham os tempos difíceis e cheguem os anos em que você dirá: Não tenho mais prazer em viver”. (Eclesiastes 12.1 / Nova Versão Transformadora)
Em primeiro lugar, vamos entender quais são as atuais gerações, em especial, as gerações Y e Z. Não há um consenso sobre o ano em que começa e termina cada uma delas, mas existe a seguinte divisão, de acordo com o Instituto de Pesquisa Pew Research Center (tabela calculada para 2022):
Baby Boomers: Nascidos entre 1946-1964 (58 a 76 anos)
Geração X: Nascidos entre 1965-1980 (42 a 57 anos)
Y ou Millennials: Nascidos entre 1981-1996 (26 a 41 anos)
Geração Z: Nascidos entre 1997-2012 (10 a 25 anos)
Fonte: Wikipedia
Existem algumas características peculiares entre uma geração e outra. A geração Y [ou Millenials] representava, em 2012, cerca de 20% da população global. No Brasil, em 2019, essa geração representava 34% da população total do país e 50% da força de trabalho.
A geração mais escolarizada da história
Segundo pesquisadores, é a geração mais escolarizada da história e a mais ansiosa também. A geração Y é tema de muitas reportagens, artigos e discussões — uma geração interessada em “moldar o mundo”.
Mas o que tem de tão especial nessa geração? São jovens que, em sua maioria, possuem uma mentalidade pós-moderna e estão sempre abertos a novas experiências.
Também são apressados, normalmente fazem mil coisas ao mesmo tempo e são muito envolvidos em tudo o que fazem, oferecendo-se como voluntários e se mostrando preocupados com o futuro.
Eles são bastante expressivos, questionadores e verdadeiros militantes quando possuem uma boa causa para lutar. A questão é que a geração Y, no Brasil, está enfrentando uma intensa crise política, econômica, social e, pode-se dizer também, espiritual.
Mas, apesar de tudo isso, é uma geração feliz e que tem tudo para conquistar seu espaço. Um dos maiores privilégios dessa geração foi ter passado por grandes revoluções tecnológicas, começando com o videogame, a TV a cabo, a internet doméstica, depois a febre dos tablets, notebooks e smartphones.
(Foto: Unsplash)
No momento, a geração Y também tem um mundo de portas abertas à sua frente: redes sociais, Facebook, Instagram, Whatsapp, dezenas de aplicativos de tudo quanto é tipo e para todos os gostos.
No entanto, pode-se observar que a geração Y é a geração do “eu” — em sua maioria. São pessoas que não se preocupam muito com o próximo por falta de tempo. É uma geração muito focada em ganhar dinheiro. Mas, para Deus, também é uma geração de grande potencial.
Alta tecnologia à disposição de todos
A geração Z, por sua vez, é a única que nunca viu o mundo sem a internet. São adolescentes e jovens que vivem no mundo da hiper-realidade. Ainda não sabemos qual será o resultado dessa geração e o que eles vão realizar. Mas podemos ter uma ideia.
(Foto: Unsplash)
Seja Y ou Z, fato é que esses adolescentes e jovens estão passando por grandes crises de ansiedade, sintomas de depressão e um vazio enorme por dentro, como muitos descrevem.
O que a Bíblia representa para essas novas gerações?
Qual a cosmovisão da juventude atual? Levando em conta que os jovens, além de escolarizados, vivem um tempo de excesso de informações, e uma geração que corre o risco da “infoxicação”, como comparou o líder do JesusCopy, Douglas Gonçalves.
“Estamos ficando doentes pelo excesso de informações — é a ‘infoxicação’. Estamos ficando obesos e intoxicados na mente e na alma de tantas informações que estamos ‘ingerindo’ ao longo do dia”, disse em suas redes sociais.
E quando o fluxo de informações e notícias são provenientes de escolas e universidades públicas, a ‘infoxicação’ é ainda pior, já que a Bíblia não pode fazer parte do planejamento pedagógico dessas instituições.
Tirando os jovens que se formam em instituições confessionais, os outros são bombardeados com informações evolucionistas.
(Foto: Unsplash)
Como apresentar a Bíblia para essa geração pós-moderna?
A internet pode tanto ajudar quanto atrapalhar nesse processo, já que o acesso está aberto para o que é bom e mau, para a luz ou para as trevas, verdades ou mentiras. E, com o livre-arbítrio, as escolhas se tornam perigosas por falta de orientação.
Que tenhamos sabedoria, estratégia e direção de Deus para levar o evangelismo a outro patamar. Que as nossas pregações sejam sinceras e inspiradoras, mas que, acima de tudo, o nosso exemplo de vida seja digno de ser seguido.
Que sejamos mais puros e mais verdadeiros. Mais humildes e também mais ousados para falar de Jesus a uma geração que tem sede Dele e que precisa preencher esse vazio que sente por dentro.
Se a geração Y estiver bem alimentada da Palavra, a geração Z não vai morrer desnutrida. Então...
“Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos.”(2 Timóteo 4.2-4)
E esse foi o estudo desta semana. Espero que tenha tirado a sua dúvida e também colaborado para o seu crescimento espiritual. Beijo no coração e até a próxima, se Deus quiser!
Por Cris Beloni, jornalista cristã, pesquisadora e escritora. Lidera o movimento Bíblia Investigada e ajuda as pessoas no entendimento bíblico, na organização de ideias e na ativação de seus dons. Trabalha com missões transculturais, Igreja Perseguida, teorias científicas, escatologia e análise de textos bíblicos.
* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.
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