Roupa de praia num casamento ou roupa de enterro numa praia são trajes totalmente fora de contexto. Saber o que falar, o que vestir ou o que fazer de acordo com a situação, é um privilégio para os que têm sensibilidade. Dar mancada é algo que perde a graça se acontecer repetidamente.
Gosto de usar meia com chinelo. Gosto até de ir a padaria comprar um pão, usando meia e chinelo. Mas reconheço, não dá! Quem me ensinou isso e me censura toda vez que eu tento aventurar-me com meia e chinelo, é minha filha. Pai, por favor, não, é ridículo! Protesta ela. Aceito o alerta e renovo a lição: cada coisa no seu lugar.
Provérbios 25.20 oferece boa lição para nossa sabedoria popular: Quem canta canções alegres para uma pessoa triste e desesperada faz tanto mal quanto alguém que tire o casaco num dia muito frio ou jogue vinagre numa ferida aberta.
Reflita. Que mal pode haver numa canção alegre, no ato de tirar o casaco ou jogar vinagre? Nenhum. Provérbios nos chama a atenção para coisas faladas, feitas e cantadas fora de hora. Ou seja, o fato de algo ser verdade não significa que devo sair falando.
Precisamos sempre entender o momento, a situação, o contexto. Palavras impensadas colocam muito a perder, destroem lares, acabam com amizades, enfraquecem lideranças, minam empregos, machucam corações.
A mesma Bíblia nos orienta a se alegrar com os que se alegram e chorar com os que choram. Ou seja, cada coisa no seu lugar. Isso se chama respeito, que é bom e todos gostam. Inclusive minha filha, quando não precisa passar a vergonha de ver o pai de chinelos, na padaria, e com meias. Misericórdia!
Paz!
por Edmilson Mendes
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