Cientistas financiados pela Nasa acabam de entregar o resultado de seu mais recente estudo, uma minuciosa pesquisa que conclui, em no máximo 30 anos - repetindo 30 anos (!) - o derretimento da camada gelada do Pólo Norte. Ou seja, em 2040, esta parte do globo poderá estar no roteiro de cruzeiros para turistas, algo impossível, portanto, impensável para os dias de hoje.
Simplificadamente, para entendermos o fenômeno sem a dificuldade dos termos técnicos e acadêmicos que a pesquisa apresenta, o que causa a gravidade da perda de gelo é o crescimento acelerado da emissão de gases do efeito estufa que, apesar de todos os alertas mundiais, mais do que dobrou desde 2000. Continuando na linha da interpretação simplificada do fato, na outra ponta desta discussão estão os climatologistas, afirmando que a perda pode ser minimizada bastando reduzir a emissão de gases-estufa.
Por que, então, não se reduz a emissão? Pelo mesmo egoísta, inconseqüente e mesquinho ingrediente que completou e consolidou a traição de Judas, as famosas trinta moedas de prata (Mt. 26:15). Em outras palavras, grana. Grana que tem estado presente nos pequenos e grandes conflitos, desde as mais pitorescas até as mais sangrentas batalhas. Grana que cega, enlouquece, confunde. Grana que o evangelho qualifica como uma divindade, Mamon.
Assim funciona o mundo, servindo deuses burros. Afinal, não são profetas protestantes que estão falando da destruição que virá, são profetas com pós-graduação e mestrado. Profetas que, muitas vezes e muitos deles, nem acreditam no Deus bíblico. Acreditam no deus conhecimento, científico, racional. Eles estão estudando, pesquisando, comprovando e avisando, mas, infelizmente, a maioria dos poderosos que poderiam agir, não agem, preferem continuar engordando o já gordo Mamon. É por isso que vamos continuar assistindo países inteiros divulgando o crescimento nos índices de miséria, pobreza, violência, desemprego, enquanto conglomerados industriais e governos estarão divulgando o crescimento de suas reservas, de seus lucros e suas previsões de crescimento e expansão, mesmo que tais "crescimentos" e "expansões" estejam, direta e indiretamente, destruindo o delicado equilíbrio do nosso planeta e, ironicamente, destruindo o lugar onde reina o deus Mamon que, sem reino, portanto sem utilidade, conhecerá seu limite, seu fim.
2040 vem aí. Outras geleiras deveriam derreter, não o gelo do Ártico. O frio orgulho das nações. A frieza com que se decide pela vida humana, matando, seqüestrando, enforcando, fuzilando, suicidando. A fria ditadura da moda que impõe um padrão anoréxico, fazendo sofrer toda uma geração de pré-adolescentes fora do tal padrão. Todos esses desequilíbrios, e tantos outros, é que deveriam derreter. No entanto estão firmes como sólidas montanhas de gelo. Mas vão derreter, ô se vão!!
Os cientistas falam sobre 2040. Os profetas bíblicos falam sobre os tempos do fim, não nos fornecem datas, apenas sinais. As "friezas" que eu relacionei acima fazem parte destes sinais, são chamadas por Cristo de "ausência de amor", "princípio de dores". Os profetas dizem que todas estas geleiras do caráter humano serão derretidas quando confrontadas com o sol da justiça, que deixará exposta a nudez humana frente à irresistível glória divina. Acredite, assim estarão os deuses humanos, sem os seus trajes reais, nus, impotentes derretidos.
2040 vem aí. Deixe-se derreter agora pelo fogo purificador do Espírito Santo. Achega-te a Ele e sinta o seu calor, é Jesus aí, quebrando o gelo da indiferença pra você vencer o seu ceticismo e estabelecer um relacionamento caloroso, carinhoso, sincero, salvador.
Acreditamos em pesquisas e não acreditaríamos nas Escrituras Sagradas? Acreditamos em cientistas e não acreditaríamos nos profetas bíblicos? Sim, 2040 vem aí, mas cuidado, Jesus bem pode chegar antes. Ou, ainda, você ir.
Paz!
Edmilson Ferreira Mendes é teólogo. Atua profissionalmente há mais de 20 anos na área de Propaganda e Marketing. Voluntariamente, exerce o pastorado há mais de dez anos. Além de conferencista e preletor em vários eventos, também é escritor, tendo escrito quatro livros: '"Adolescência Virtual", "Por que esta geração não acorda?", "Caminhos" e "Aliança".