O sexo ilícito mais o amor ao dinheiro

Por mais que nos consideremos filhos do Reino, ainda estamos muito distantes dele. Nosso vaso precisa estar consertado, limpo e puro para recebermos o Espírito desse Reino. E ele só vai estar se a nossa mente estiver, se os nossos desejos e motivações forem os mais santos possíveis

Fonte: guiame.com.brAtualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:02
sexo e dinheiro
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sexo e dinheiroHá muito tempo, quando ainda fazia parte da membresia religiosa de uma denominação protestante, ouvi de um pastor a seguinte frase: “Irmão Fernando, dois fatores rapidamente destroem o relacionamento do homem com Deus: o sexo ilícito e o amor ao dinheiro”. Desde a sua criação, o homem desvirtuou o benefício que essas duas raízes poderiam proporcionar para ele mesmo no mundo.

O sexo entre um homem e uma mulher foi criado para vivido a partir de uma aliança testemunhada pelo SENHOR, chamada de casamento, com a finalidade inicial de procriar, gerar outros seres, formar uma família, tudo para o louvor e a glória de DEUS. A aliança do casamento é uma espécie de autorização que o casal pede a DEUS para liberarem os seus corpos para a conjunção carnal. O sexo, fora dessa aliança, é maldição absoluta. São corpos usados como instrumentos de prostituição, promiscuidade. O diabo, sabedor disso, propagou uma ideia mentirosa como forma de enganar os ignorantes à Palavra de DEUS: “casado é aquele que bem vive”. O ser humano só poderá compreender a gravidade disso, quando conhecer verdadeiramente o SENHOR e tiver o discernimento espiritual do que agrada e daquilo que não agrada a DEUS. O homem de uma só visão, a visão do pecado, é cego, igualmente uma pessoa que não tem a capacidade de enxergar por nenhum dos olhos naturais. Claro que estou me referindo à cegueira espiritual que o torna desobediente e inimigo do PAI.

Há um presídio de segurança máxima, criado pelas profundezas do inferno, chamado SEXO ILÍCITO, no qual milhares e milhares estão presos e acorrentados, sem direito a nenhuma luz do sol. Há um mundo inteiro preso nos arcabouços da podridão sexual, mas também pessoas religiosas, que proclamam o nome do SENHOR, com lábios e corpo impuros. Depois de contaminados e corrompidos, ficará muito difícil entender e aceitar o grau de santidade que DEUS busca para o nosso corpo. Um corpo só é santo se ele é guardado e mantido irrepreensível: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Tes. 5:23).

Como se manter santo no corpo vivendo em um mundo em que constantemente somos convidados e atraídos por concupiscências e lascívias? Se não houver vida com DEUS, compromisso firmado com o Seu Reino, temor, muito temor, impossível não ser resgatado e aprisionado pelo pecado sexual.

Fomos amaldiçoados desde a infância quando assistimos às discussões de mamãe com papai, porque o mesmo estava a traindo com outras mulheres; quando nossos pais permitiram que certas músicas, que fazem apologia ao sexo ilícito, adentrassem os nossos ouvidos; e quando os canais de TV se fizeram disponíveis ao nosso olhar, com uma programação nociva à alma. A maldição começava dentro de casa e crescia quando íamos ao mundo com suas solicitações terríveis.

Vou contar uma história de um amigo, que conheci de perto. Nasceu e cresceu em um lar de pais não cristãos. Com 3 anos de idade, perdeu o pai. Desde cedo e constantemente, ouvia da mãe o conselho que deveria “pegar” toda mulher que lhe cruzasse o caminho quando crescesse, sob o risco de receber punição severa dentro de casa, pois ela estava criando um homem. Ainda na pré-adolescência, esse garoto manteve relação sexual com primas, chegando a bolinar uma tia enquanto a mesma dormia. Na escola secundária, muitas foram as relações sexuais com diversas amigas do ambiente de ensino. Quando, enfim, conseguiu entrar em uma Universidade pública, copulou à exaustão com inúmeras colegas e desconhecidas da instituição. Independentemente do que fizesse, o sexo estava por trás de tudo. Era como um alimento ou mesmo o ar que respirava.

A compulsão sexual era tanta que, ao visitar uma família no Rio de Janeiro, ele manteve relação sexual com duas das três filhas da dona da casa. Casou-se com uma mulher que conhecera em um site de relacionamento, em meio a dez mulheres que havia previamente selecionado para conhecer. A vida, antes e depois do casamento com essa mulher, fora debaixo de muita promiscuidade sexual. As constantes traições o levaram a uma separação com apenas 3 anos e meio de casado; e ainda muito jovem, beirando os seus 35 anos de idade. Somente quando este homem teve um encontro verdadeiro com JESUS, percebeu o universo de maldição que esteve introduzido em toda a sua vida. O processo de libertação foi doloroso demais. As algemas só começaram a se partir quando, primeiramente, a vontade dele foi transformada. O querer santo, o desejo de agradar a DEUS tornava-o uma pessoa melhor e aperfeiçoada.

Quando o homem fixa o seu olhar no Reino, DEUS passa a fazer uma faxina espiritual dentro dele. Os desejos impuros começam a desaparecer aos poucos, até sumirem de vez e, esse homem ficar de pé diante do SENHOR. De um vaso de imundície a um vaso de honra.

Compreender a razão de os apóstolos terem concluído que seria melhor não casarem, mas permanecerem solteiros, servindo ao SENHOR, em Mateus 19:10, depois de ouvirem os ensinamentos de JESUS, pode parecer um desafio estranho, esquisito e muito espinhoso, especialmente em um mundo onde todos buscam uma companhia, independentemente de como seja. Aceitar o conselho apostólico à igreja de Corinto que diz que é preferível não casar a contrair uma aliança de casamento, desde que não se viva em pecado sexual, é como engolir uma bebida amargosa (1 Coríntios 7:7-8, 27, 38, 40). A mesma dificuldade de entendimento temos, quando sabemos que a Bíblia afirma que só a morte desfaz um casamento; que o corpo de um marido é ligado ao da sua esposa todo o tempo em que ela viver (e vice-versa). Essa dificuldade provém de uma mente cauterizada pelo pecado sexual comum, pelas separações comuns, pelos divórcios comuns e pelas novas uniões sexuais ilícitas, também muito comuns nos dias de hoje. Essa regra rígida e radical do SENHOR, criada para o casamento e preservação da santidade dos corpos, serve exatamente para evitar a proliferação do sexo imundo e ilícito. DEUS ordena: “Só na morte” (Romanos 7:2-3 e 1 Coríntios 7:39). O apóstolo Paulo escreveu que “cada marido tenha a sua própria esposa e cada esposa seu próprio marido para evitar a prostituição” (1 Coríntios 7:2).

Se considerarmos a sã doutrina como Verdade, veremos o quanto os relacionamentos estão distorcidos, tortuosos, e distantes de DEUS. Pessoas solteiras que mantêm relação sexual (umas vivem juntas, outras, não); assim como pessoas casadas em primeiro casamento que traem os seus cônjuges, ou mesmo pessoas que se separaram, divorciaram-se e contraíram novas núpcias com outras pessoas. Tudo é pecado e embaraço aos olhos de DEUS.

Por mais que nos consideremos filhos do Reino, ainda estamos muito distantes dele. Nosso vaso precisa estar consertado, limpo e puro para recebermos o Espírito desse Reino. E ele só vai estar se a nossa mente estiver, se os nossos desejos e motivações forem os mais santos possíveis.

Precisamos nos afastar de tudo o que é impuro, impróprio a nossa saúde espiritual e nosso relacionamento com DEUS. Nosso desejo deve ser a santidade do Reino, onde, um dia, pretendemos morar eternamente.

No próximo estudo, de mesmo título, vamos saber como o amor ao dinheiro tem afastado muitos da presença de DEUS.

Que o SENHOR nos abençoe!


FERNANDO CÉSAR – Escritor, autor dos livros “Não Mude de religião: mude de vida!”, “Pódio da Graça”; “Antes que a Luz do Sol escureça” e da coleção “Destrua o divórcio antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua o adultério antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua a insubmissão antes que ela destrua seu casamento”. Também é pastor e líder do Ministério Restaurando Famílias para Cristo.
www.casamentosrestaurados.com.br
www.familiasparacristo.com.br

 

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