Vários casais chegam a atingir um bom relacionamento. O difícil é “manter” este nível na relação, quando as dificuldades chegam! É preciso ter muita calma, paciência e perseverança. Tais momentos, ajudam pessoas a se tornarem “maduras”, mas nem todos conseguem ter um final feliz.
Segundo muitos psicólogos e conselheiros, existem “raízes” ou bases dos problemas de relacionamento, que acabam levando às principais “causas” de um divórcio.
RAÍZES ou BASES dos problemas:
– Comunicação defeituosa: conversas que não saem da superficialidade; não abrem sentimentos mais profundos e anseios futuros; escondem situações e mantém mentiras, por longo tempo etc.
– Atitudes egocêntricas: cada um pensa apenas em “seus” objetivos e não no bem-estar coletivo; tudo tem que ser do “meu” jeito, minhas ideias e necessidades; preciso “me realizar”, custe o que custar etc.
– Tensão interpessoal: discutem por tudo, até pelo sexo (um quer mais e o outro menos); definição de papeis (divisão de serviço na casa, pagar as contas, cuidar dos filhos etc.); discutem tensamente, até por religião e política.
– Pressões externas: familiares e amigos, que interferem nas decisões que cabem “apenas” ao casal; as crises de amigos e parentes, que afetam e dividem o casal.
– Tédio e rotina na relação: algumas rotinas, sempre existirão no dia a dia, mas o “excesso de rotina” adoece e empobrece a relação.
– Fatores socioeconômicos, escolaridade e de idade: alguns iniciam o casamento, com objetivos pouco realistas de atingir determinado nível de vida. Quando não o atingem, culpam o outro cônjuge pelo fracasso.
– Trabalho: o “excesso” de trabalho, sem encontrar tempo para o cônjuge, ou a falta do trabalho (e a acomodação, por não conseguir novo emprego) entre outros.
CAUSAS mais relatadas para o divórcio:
– Abuso do cônjuge: violências e agressões pessoais, que podem ser físicas (empurrão, tapas, socos, jogar coisas etc.), verbais (ofensas, xingamentos, ridicularizações etc.), emocionais e psicológicas (menosprezo, ameaças de abandono, ou de realizar danos materiais, terror psicológico);
– Mudança de atitude e temperamento: do tipo “lobo com pele de cordeiro”. Um dos cônjuges, após algum tempo de convívio, mostra-se bom no início e depois “transforma-se” em lobo mau.
– Impacto de acontecimentos da vida: causado por alguma morte na família, ou perda seria financeira, ou ninho vazio (quando os filhos se casam) etc.;
– Infidelidade conjugal: principalmente nos casos em que não há pedido de perdão, para retomada da relação. Quando há reincidência, a situação piora bastante. Um mediador (psicólogo ou conselheiro), muitas vezes será necessário, para não chegar ao divórcio.
– Desejo de autorrealização: muitas vezes, no início do casamento, um dos cônjuges “se sacrifica”, para que o outro termine os estudos. Quando chega a vez daquele que se sacrificou, finalmente realizar-se profissionalmente… recebe a negativa de seu cônjuge. Isso vai dar problema!
– Infelicidade escondida: casais que não aprenderam a “abrir seu coração”, um ao outro, que encobrem seus sentimentos dizendo “está tudo bem” (quando NÃO está) – são uma “bomba relógio”, que a qualquer momento pode explodir emocionalmente!
– Queixas de ordem afetiva: o trabalho e o sustento, tornam-se objetivos tão perseguidos, que se esquecem da “vida como casal”. Coisas simples, como o carinho, afeto, amizade, elogios, brincadeiras, que eram comuns na época de namoro, são substituídos pela dureza do dia a dia.
– Questões econômicas: vivemos num país com vários problemas econômicos. Quando os cônjuges não aprendem a “moderação”, vivendo com o que ganham, chegam as dívidas, os problemas, as falências, que têm levado muitos casais ao divórcio.
– Abuso de álcool e drogas: qualquer vício é problemático. Mas quando se trata de álcool e drogas, é necessário pedir a ajuda profissional. Persistir sozinho, achando que vencerá – é um caminho que acaba em Divórcio.
– Compulsão por jogos, entre outros: é mais um vício. Quando em estágio avançado, NÃO se resolve sem ajuda profissional (psicólogo e psiquiatra).
Estes são alguns dos motivos mais apresentados pelos casais, que recorreram ao Divórcio. São constatações. Foram as realidades apresentadas por dezenas de casais. No entanto, esta não precisa ser a SUA história!
Ao surgirem alguns destes sintomas, PROCURE AJUDA! Mesmo que seu cônjuge tenha resistência, vá VOCÊ! Um bom profissional (seja um conselheiro ou psicólogo), vai orientá-lo(a) a como passar por este momento! O Divórcio NÃO precisa ser a solução!
Além da ajuda deste profissional, você já deve ter clamado muitas vezes a Deus – e certamente, foi por Ele ouvido! Pois o Senhor já disse: “Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração. E eu me deixarei ser encontrado por vocês” (Jeremias 29:13-14). Lembre-se: Deus não apenas OUVE, mas também caminha JUNTO com você, em direção às soluções!
Por Sergio Leoto (pastor) e Magali Leoto (psicóloga) escritores, palestrantes e trabalham junto às famílias, através do ministério “Fortalecendo a Família”, desde 1990.
* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.
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