Magali e Sergio Leoto

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Ministério Fortalecendo Famílias

Meus filhos não querem saber sobre Deus: O que eu faço?

Que fatores devo avaliar, se meus filhos NÃO se aproximam de uma amizade com Deus?

Fonte: Guiame, Magali e Sergio LeotoAtualizado: quarta-feira, 8 de outubro de 2025 às 18:04
(Foto: Unsplash/Priscilla Du Preez)
(Foto: Unsplash/Priscilla Du Preez)

Muitos pais cristãos nos procuram, trazendo preocupações em relação à fé de seus filhos adolescentes. Dizem que quase não tiveram problemas, quando eles eram crianças: gostavam de ir à igreja com os pais; aprendiam cânticos de louvor; decoravam versos bíblicos… Mas na Adolescência, muita coisa mudou! Calma, pais – não entrem em pânico! 

A “nova fase” dos seus filhos – a adolescência – traz mudanças em muitas áreas, entre elas: física, social e intelectual. Quando crianças, eles tinham o “pensamento concreto” – quando você queria explicar que “na próxima semana” fariam alguma atividade interessante, você deve ter explicado assim: “você vai dormir e acordar 7 noites”. Isto, porque uma criança pequena não entende o conceito de “tempo” – você tem que dar um “exemplo concreto” (no caso: dormir e acordar).

Nesta fase, o desenvolvimento do seu cérebro faz com que adquiram o “pensamento por hipótese”, ou seja ganham a capacidade de raciocinar e pensar sobre coisas abstratas, analisar tudo o que ouvem e aprendem. Um exemplo é quando um(a) adolescente está “apaixonado(a)”. Fica horas avaliando em como conversar com a pessoa amada (muitas vezes, olhando para o teto e ouvindo uma música). É a nova fase do pensamento – um “esporte novo” que está sendo aprendido: sonhar acordado com os pensamentos!

Acontece em relação à “Paixão”, mas acontece também, com tudo o que é aprendido. Questionam os ensinos escolares, ordens dadas pelos pais, gostos musicais, visão de mundo… e até discute-se o que aprenderam sobre “Deus”.

Nesta etapa, vários deles fortalecem sua fé com o Senhor – a sinceridade em buscar respostas, na Bíblia e com ajuda de líderes sábios, são levados a uma verdadeira “amizade com Deus”.

Aí vai uma dica para os pais: aproximem seus filhos de uma turma de Deus; facilite o caminho para entidades que desenvolvam “ministério com juventude”, como Jovens da Verdade, Palavra da Vida e outros. Na época certa, aproxime-os de movimentos estudantis cristãos, como Aliança Bíblica Secundarista e Universitária, Mocidade para Cristo, Cruzada Estudantil e tantos outros.

Que fatores devo avaliar, se eles NÃO se aproximam de uma amizade com Deus?

Como reagir, quando os filhos rejeitam a ideia de um Deus que é pessoal, ou até desprezam a existência de Deus, enfrentando o posicionamento religioso de seus pais?

Além de ORAR MUITO pela vida de um filho nesta situação, alguns fatores precisam ser avaliados, para identificar “a causa ou a raiz” deste enfrentamento:

1. Exemplo dos pais: A maneira como os pais se tratam, ou como tratam aos outros, está sendo observada pelos filhos e servirá de espelho para o relacionamento destes, para com seus outros irmãos, amigos e até com Deus. Tudo o que foi aprendido e vivenciado na família desde a infância, produzirá reflexos para toda a vida. Sejam eles bons ou maus. Existem pais que têm uma verdadeira amizade e compromisso com Deus. Por outro lado, alguns pais possuem somente uma aproximação ritual e religiosa. Pais comprometidos com Deus, têm mais possibilidades (e não, “garantias”) de ver filhos, também fiéis ao Senhor. Pais não comprometidos, que têm uma atitude religiosa apenas formal, provavelmente gerarão em seus filhos, o mesmo tipo de reação.

2. Amizades dos filhos: adolescentes vivem em “turmas” (pois estão iniciando um processo de socialização). Mas existem “turmas com bons costumes” e outras, que são “péssimas”! Os pais sábios, devem procurar conhecer os amigos dos filhos e até promover “encontros” em casa (é uma forma de conhecê-los, com “olhos de pais”). Identificando problemas, previna seu filho.

Sendo assim, verifique algumas ESTRATÉGIAS SÁBIAS para o envolvimento dos filhos:

1. Coerência dos pais, na vida diária, quanto ao ensino sobre a amizade com Deus: não adianta querer falar sobre Deus aos filhos, se os pais vivem se tratando mal, com agressividade e violências, mentiras etc. Essas incoerências são notadas e cobradas até por crianças.

2. Alegria dos pais em ir à igreja, tanto para aprender sobre Deus, quanto para trabalhar para Ele: pais motivados, também motivam aos filhos; pais alegres, também alegram os outros; pais envolvidos, são exemplos de envolvimento aos filhos.

3. Pais que fazem de sua casa, uma extensão da própria igreja: usando no dia a dia, valores bíblicos como: promover a paz, verdade, honestidade, sinceridade, amor, misericórdia, alegria, incentivo para o bem, mansidão, paciência etc. Isso pode acontecer em todos os momentos e não apenas nos cultos domésticos.

4. Pais que fazem da Igreja, uma extensão da sua própria casa: filhos que participam de uma classe, que comunique as verdades bíblicas, com uma linguagem que lhes é apropriada, optam por ficar mais tempo lá. Observam desde cedo a alegria de seus pais, ao irem à igreja ou fazerem atividades para Deus (“Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor”- Sl 122:1), até que passam a fazer também seu, este anseio.

5. Pais que facilitam o trabalho dos líderes de seus filhos, na Igreja: existe uma idade em que os filhos precisam ser levados pelos pais, às atividades de seu ministério, como passeios, competições, congressos, corais, teatros etc. Muitos pais, por preguiça ou negligência, não levam seus filhos. Tempos depois, são estes mesmos pais que choram o afastamento que de seus filhos tiveram de Deus. Aí perguntam: “onde foi que eu errei?”.

6. Pais que contribuem positivamente, para que seus filhos se envolvam com a “turma” da igreja: pais sábios, que já observaram “amizades suspeitas”, devem incentivar momentos dos seus filhos com boas amizades, principalmente quando está envolvida uma turma que ama e busca a Deus.

Lembre-se: “Pais sábios e equilibrados, também erram!” – claro que tudo o que se faz, inicialmente parece o mais correto – mas mesmo tentando acertar, algumas vezes exageramos na maneira de comunicar ou acabamos cometendo equívocos! A diferença é que os pais sensatos, têm a atitude de admitir quando erram e procuram o filho para pedir seu perdão. Este não é um “ato de fraqueza” (como alguns pensam) – será um ato de humildade, valorizado por seu filho! Você ganhará muitos pontos, no relacionamento com seu adolescente!

Faça a sua parte, da melhor forma que conseguir; aprenda com líderes de juventude (eles têm a comunicação apropriada para transmitir o Evangelho); leia artigos e livros sobre Adolescência; busque orientação parental.

 

Sergio e Magali Leoto (@casal.leoto) são educadores, livros na área de família e atuação em aconselhamento familiar, há mais de 30 anos. Sergio é pastor e sua esposa Magali é psicóloga. Ambos são missionários da Sepal (Servindo aos Pastores e Líderes).

* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

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