Não é sobre política, é sobre cristofobia

Essa morte não é apenas a perda de uma figura pública, é também um retrato de uma batalha espiritual que atravessa séculos.

Fonte: GuiameAtualizado: quinta-feira, 11 de setembro de 2025 às 17:10
Charlie Kirk em evento da Turning Point USA em 2023. (Foto: Wikimedia Commons/Gage Skidmore)
Charlie Kirk em evento da Turning Point USA em 2023. (Foto: Wikimedia Commons/Gage Skidmore)

Hoje meu coração amanheceu em luto. Para ser sincera, mal consegui dormir com a notícia da morte de Charlie Kirk.

Mas preciso dizer: essa morte fala muito além do que muitos possam imaginar. Não se trata de direita ou esquerda, de conservadores ou progressistas, de comunismo ou de radicalismos. O que vejo aqui é algo maior: uma perseguição que acompanha a humanidade desde que Cristo foi enviado à Terra.

Na Bíblia está escrito:

“Se o mundo os odeia, tenham em mente que antes me odiou. Se vocês pertencessem ao mundo, ele os amaria como se fossem dele. Todavia, vocês não são do mundo; eu os escolhi, e por isso o mundo os odeia.”

(João 15:18-19)

Estamos entrando em tempos de perseguição. A Bíblia nos alertou sobre isso, mas viver essa realidade é um desafio ainda maior quando o que se prega, muitas vezes, é um evangelho da prosperidade, da bênção financeira, um evangelho egoísta que fala de princípios espirituais sem o Deus dos princípios espirituais sendo adorado. E o verdadeiro Evangelho, aquele que Cristo trouxe, é visto como afronta.

Então, um pai de família conservador e cristão… Uma voz firme, porém respeitosa, foi brutalmente assassinada e as pessoas reduzem sua vida e sua morte ao seu posicionamento político. Não é muita cegueira? Quando a lente política se torna mais forte do que a compaixão e a dignidade humana, estamos diante de um sintoma grave daquilo que a Palavra já dizia: o mundo odiaria aqueles que não pertencem a ele.

Não é sobre política. Nunca foi sobre política.

Quando Jesus chegou ao mundo, Herodes mandou matar todos os bebês. A perseguição sempre existiu, e agora vivemos a era da cristofobia e o medo de ser confrontado com a verdade. O medo de descobrir que não podemos nos salvar sozinhos.

Essa morte não é apenas a perda de uma figura pública, ou uma figura cristã, é também um retrato de uma batalha espiritual que atravessa séculos.

E é justamente aqui que precisamos firmar os pés:

- Não desanimar diante da perseguição;

- Não ceder ao ódio que tenta nos calar;

- Não esquecer que nossa esperança está em algo muito maior do que este mundo.

Charlie combateu o bom combate e deixou em nós um legado: o sentimento de que “eu não vou me calar”.

E eu não vou.

Eu não vou me calar como cristã.

Eu não vou me intimidar.

Porque o sangue dos mártires não silencia a fé — ele a multiplica.

Finalizo essa coluna com uma frase da esposa de Charlie:

“Meu marido é uma força nessa nação… Ele é ousado quando o mundo exige silêncio…”

Silenciaram sua vida, mas nunca seu legado.

Melina Botteghin é estudante de teologia, esposa, mãe, pastora por vocação e publicitária de formação.

* O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

Leia o artigo anterior: O primeiro ser a reconhecer Jesus foi um feto

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