André Lajst: Aumento preocupante na hostilidade contra minorias religiosas na Turquia

Além das comunidades judaicas, outras minorias, como os cristãos, alevitas e yazidis, também enfrentaram ataques.

Fonte: Guiame, Silas AnastácioAtualizado: terça-feira, 2 de dezembro de 2025 às 14:52
André Lajst é cientista político e diretor executivo da StandWithUs Brasil. (Foto: Wikipedia)
André Lajst é cientista político e diretor executivo da StandWithUs Brasil. (Foto: Wikipedia)

Um novo relatório internacional da ONG Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) revelou um aumento preocupante na hostilidade contra minorias religiosas na Turquia, especialmente contra a comunidade judaica, impulsionada por uma retórica antissemita cada vez mais presente na política, na mídia e nas ruas.

O estudo cobre o período entre janeiro de 2023 e dezembro de 2024 e coloca a Turquia entre os 38 países onde a discriminação religiosa é considerada sistêmica.

O relatório destaca que, após o início da guerra entre Israel e o Hamas, em 7 de outubro de 2023, houve uma escalada significativa de discursos de ódio e incidentes direcionados a judeus, incluindo elogios a Hitler feitos por líderes políticos eleitos e protestos hostis em frente ao Hospital Judaico Or-Ahayim.

Outras minorias, como os cristãos, alevitas e yazidis, também enfrentaram ataques.

Várias igrejas foram transformadas arbitrariamente em mesquitas e outras se tornaram alvo de vandalismo e intimidações. Esse cenário é agravado por decisões estatais que favorecem a prática do islã sunita e restringem celebrações religiosas não muçulmanas.

Segundo a ACN, essas tendências refletem um ambiente cada vez mais negativo para a liberdade religiosa na Turquia, marcado por intolerância, obstáculos administrativos e discursos de ódio persistentes.

A constituição turca reconhece, por meio do Tratado de Lausanne de 1923, apenas os judeus e os cristãos armênios e gregos como minorias não-islâmicas a serem protegidas.

Isso significa que vários outros grupos religiosos não dispõem de proteção legal plena.

Fonte: André Lajst / The Jerusalem Post

 

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