Crianças a partir de sete anos de idade já estão postando fotos / vídeos de de conteúdo sexualmente explícito, segundo um novo relatório da "Internet Watch Foundation" em parceria com a Microsoft, publicado no Reino Unido.
Intitulado "Os Padrões Emergentes de Tendências da Juventude sobre o Conteúdo Sexual Produzido", o Relatório também está disponível online.
O estudo foi realizado durante um período de três meses, entre setembro e novembro de 2014 e analisou 3.803 vídeos e imagens.
Constatou-se que 17,5% do conteúdo expunha menores de idade / crianças de 15 anos para baixo e 7,5% expunha crianças com 10 anos de idade ou mais jovens.
A maioria do conteúdo que descreve os usuários abaixo de 15 anos - 85,9% - foi criado usando uma webcam, em vez de um telefone celular, muitas vezes usada como a principal forma em que os adolescentes / crianças compartilham conteúdo explícito.
O estudo também descobriu que a esmagadora maioria dessas imagens - 93% - eram de meninas e quase 90% do conteúdo encontrado pelo estudo estava sendo redistribuído por sites de terceiros, o que significa que, por mais que os jovens esperassem originalmente que o material fosse visto apenas por amigos, o vídeo / foto tornou-se acessível a qualquer pessoa com acesso livre à internet.
"Embora, em alguns casos, tenha ficado claro que as crianças retratadas tinham conhecimento de que o conteúdo que elas estavam criando iria aparecer em sites públicos da Internet, todo o conteúdo avaliado como retratando crianças com 15 anos ou mais jovens aparentemente tinha sido colhido a partir de sua localização e carregamento original, coletado em sites de terceiros, o que significa que o controle sobre a sua distribuição ou remoção já havia sido perdido", disse o relatório.
Um dos estudos de caso contou com uma menina que tinha apenas sete anos de idade e se expôs na frente de uma câmera. O estudo disse que, embora o objetivo não fosse examinar as pressões ou medidas de coação exercidas sobre os jovens que tinha carregado o material, "Não há dúvida de que a coerção dos jovens, especialmente aqueles dentro das faixas etárias mais jovens pesquisadas dentro do Estudo por produzir e compartilhar conteúdo sexual online deve ser considerada uma forma de abuso sexual".
A presidente-executiva da CARE - "Christian Action Research and Education" ("Ação Cristã de Pesquisa e Educação") -, Nola Leach disse: "Esses números são horríveis e um alerta sobre a necessidade urgente que existe de que pais e filhos sejam conscientizados sobre os perigos do mundo online".
Nola continuou, afirmando que os danos da proliferação sobre estes materiais pode gerar nas mentes dos jovens, um conceito distorcido sobre a sexualidade.
"A CARE tem consistentemente fez campanha para um sistema muito mais rigoroso do de verificação de idade, porque é simplesmente muito fácil para os jovens terem acesso a conteúdos lesivos. As mentes mais jovens estão saturadas com imagens explícitas, além de sua compreensão do sexo tornar-se deformadae o mais provável é que eles vão fazer upload de conteúdo si", destacou.
"Não podemos ficar de braços cruzados e ver como a nova geração enche suas mentes com conteúdos cada vez mais sexualizada. Ao invés de ser motivo de vergonha entre os jovens, a pureza sexual deveria ser apontada pela Igreja e corajosamente defendida como um caminho melhor a seguir".