Russel Moore é teólogo, pregador e presidente da Comissão de Ética e Liberdade Religiosa da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos. (Foto: Christian Post)
O adultério é devastador e o cônjuge que o cometeu deve primeiro se afastar do pecado por meio do arrependimento diante de Deus, mas o adultério também deveria ser confesso ao seu cônjuge? Segundo o pastor Russell Moore, presidente da Comissão de Ética e Liberdade Religiosa da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos, há cinco razões que indicam isto também deve ser feito.
Confessar o adultério ao seu cônjuge é "absolutamente necessário", diz Moore diz em seu blog, apontando as cinco razões.
Segundo a Bíblia, cada um dos cônjuges tem o direito exclusivo à sexualidade um do outro, Moore escreve, referindo-se 1 Coríntios 7:4.
"A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher", diz o versículo.
Mas "isso não é uma licença para o abuso", adverte Moore.
"Então, justamente porque o seu corpo pertence a seu cônjuge, seu pecado afeta a ambos, mesmo que eles não saibam disso", explica o pastor.
Você também tem que arrancar a mentira do seu casamento, diz Moore, partilhando a segunda razão.
"Esconder o adultério, mesmo que tenha se arrependido dele, é enganar o seu cônjuge sobre algo que está no âmago de seu casamento", destacou.
"[Neste caso] O arrependimento não está completo até que seja confesso ao cônjuge", acrescenta.
Segundo Moore, a terceira razão é que é preciso assumir o pecado.
"Você tem que decidir que seu marido ou esposa é mais importante para você que os riscos que você está assumindo ao confessar o seu pecado. Você precisa assumir seu pecado. Você precisa comunicar isso a ele(a) como um pecado", ele escreve.
A quarta razão é, você tem que aceitar as conseqüências de seu pecado, diz ele.
"Você quebrou o pacto. Você pecou contra o seu cônjuge quebrou uma relação de confiança. Não se defenda. Não dê desculpas ou tente justificar. Deixe o seu cônjuge expressar a tristeza e a raiva que isso pode gerar", disse.
Em quinto lugar, o cônjuge que cometeu o pecado em questão precisa dar o primeiro passo para reconciliação.
"Tem que haver um 'luto' e uma expressão justa da ira de que o seu cônjuge traído está sentindo. Deixe-o (a) fazer isso, e então espere pacientemente que ele (a) te perdoe. Não pense que você terá algum tipo de reconciliação imediata. Você vai ter que buscar muitas maneiras de reconstruir a confiança em seu casamento, mesmo que o seu cônjuge ainda não tenha te perdoado", finalizou.