Apoio a Israel entre jovens evangélicos cai drasticamente, aponta estudo

Os pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, identificaram uma queda brusca desde 2018 no apoio a Israel por parte da nova geração.

Fonte: Guiame, com informações do The Times of IsraelAtualizado: quinta-feira, 27 de maio de 2021 às 12:47
O Primeiro Ministro de Israel Netanyahu discursa em uma cúpula dos Cristãos Unidos por Israel em Washington, em julho de 2018. (Foto: Twitter/Reprodução).
O Primeiro Ministro de Israel Netanyahu discursa em uma cúpula dos Cristãos Unidos por Israel em Washington, em julho de 2018. (Foto: Twitter/Reprodução).

 

Um estudo encomendado por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, revelou que o apoio a Israel no conflito árabe-israelense por parte da nova geração de cristãos caiu drasticamente.

A pesquisa feita com 700 jovens cristãos (entre 18 a 29 anos) dos EUA, entre março e abril deste ano, perguntou qual a posição dos participantes na disputa entre israelenses e palestinos. 33,6% responderam que apoiavam Israel, 24,3% afirmaram apoiar a Palestina e 42,2% se declarou neutro no conflito.

Os dados representam uma queda brutal no apoio a Israel desde 2018, quando 69% dos jovens evangélicos afirmaram estar do lado israelense, enquanto 5,6% disseram estar do lado dos palestinos e 25,7% não tomaram partido em nenhum dos lados.

Em entrevista ao The Times of Israel, nesta segunda-feira (24), os pesquisadores Motti Inbari e Kirill Bumin afirmaram que a mudança de posição dos jovens cristãos pode representar que Israel perderá um aliado importante nos próximos anos.

O estudo de 2021 também mostrou que 45% dos entrevistados apoiam da criação de um Estado palestino, com concessões territoriais de Israel, a fim de promover a paz. 5,1% disseram ser neutros sobre o assunto e apenas 20,5% se opõem à ideia de um Estado palestino.

Já em 2018, a posição dos jovens evangélicos sobre esta questão era mais favorável a Israel. 29% dos entrevistados disseram se opor às concessões territoriais de Israel para os palestinos e 41,5% considerava que Israel trata os palestinos de forma justa.

Segundo a análise de Inbari e Bumin, o apoio que os cristãos dão a Israel está ligado à crença de que a nação israelense tem um papel escatológico importante na Segunda Vinda de Jesus. Porém, hoje a nova geração está desconectando suas opiniões políticas sobre o conflito árabe-israelenses de suas crenças religiosas, conforme os resultados da pesquisa.

44% dos participantes disseram que suas crenças religiosas não influenciam na avaliação do conflito israelense-palestino. Mais de 38% afirmaram que suas crenças religiosas os levam a ver Israel de forma mais favorável, e 17,4% disseram que suas crenças religiosas os levam a apoiar mais os palestinos.

Sobre a questão de Jerusalém, 71,6% disseram que a cidade em sua totalidade deveria permanecer como a capital de Israel e 28,4% disseram que Jerusalém Oriental deveria ser a capital de um futuro Estado palestino.

Cerca da metade dos participantes admitiram ter um conhecimento limitado ou nenhum conhecimento a respeito do conflito entre Israel e Palestina. 65% dos jovens entrevistados disseram que raramente ou nunca ouvem sobre a importância de apoiar o Estado judeu, contra apenas 12% dizendo que ouvem sobre o assunto todas as semanas.

 

 




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