EUA reconhecem a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã

Território é reconhecido pela comunidade internacional como ocupação israelense na Síria, após a Guerra dos Seis Dias.

Fonte: Guiame, com informações do Times of IsraelAtualizado: quinta-feira, 21 de março de 2019 às 20:24
Presidente dos EUA, Donald Trump, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, apertam as mãos em Jerusalém. (Foto: Reuters/Ronen Zvulun)
Presidente dos EUA, Donald Trump, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, apertam as mãos em Jerusalém. (Foto: Reuters/Ronen Zvulun)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (21) que chegou a hora de “reconhecer plenamente” a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã, em outra mudança monumental na política americana no Oriente Médio.

“Depois de 52 anos, é hora de os Estados Unidos reconhecerem plenamente a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã, que é de grande importância estratégica e na segurança para o Estado de Israel e para a estabilidade regional!”, disse Trump no Twitter.

Após o anúncio, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, falou com Trump por telefone para agradecê-lo. “Você fez história”, disse ele ao presidente dos EUA, segundo seu gabinete.

Netanyahu também comentou a declaração de Trump no Twitter. “No momento em que o Irã busca usar a Síria como uma plataforma para destruir Israel, o presidente Trump reconhece corajosamente a soberania israelense sobre as Colinas de Golã. Obrigado Presidente Trump”.

Embora Trump tenha dito que chegou a hora de agir, não ficou claro que sua declaração constituísse em um reconhecimento oficial.

O tweet de Trump foi publicado horas depois da visita do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, ao Muro das Lamentações com Netanyahu. É a primeira vez que o principal diplomata de Washington visita a cidade velha de Jerusalém, acompanhada por um alto funcionário israelense.

A visita de Pompeo pode ser vista como um reconhecimento tácito da soberania israelense sobre o local sagrado e uma mudança na política dos EUA.

Em uma reunião na quarta-feira (20) com Pompeo em Jerusalém, Netanyahu acusou o Irã de tentar montar uma rede terrorista para atacar Israel nas Colinas de Golã, que Israel capturou da Síria em 1967. “Acho que, por essa razão e muitas outras, é hora de a comunidade internacional reconhecer a permanência de Israel no Golã”, destacou.

Israel capturou as Colinas de Golã da Síria na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e estendeu a lei israelense ao território em 1981, um passo equivalente à anexação. Mas os EUA e a comunidade internacional passaram a considerar o território sírio como “ocupação” israelense. As colinas são localizadas em uma área estratégica na fronteira entre Israel e a Síria.

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