A pandemia de Covid-19 afetou uma das comemorações mais significativas para os judeus: a Festa de Purim. Devido às restrições impostas pelo coronavírus, as celebrações estão sendo impedidas pela polícia de Israel e alguns rabinos pedem às pessoas que não bebam muito para manter o distanciamento social.
Extraído do relato do bíblico Livro de Ester de como os judeus foram poupados do genocídio na antiga Pérsia, Purim é comemorada com o uso de todos os tipos de fantasias elaboradas, doação de comida para festas e bebidas.
As festas de Purim foram proibidas, com multas para quem as organizasse. Isso estimulou comemorações espontâneas de rua em Tel Aviv. O comandante da polícia, Ziv Saguy, disse que a corporação estava aplicando 200 multas por hora.
Toque de recolher
Este ano, Israel - que começou a sair de seu terceiro lockdown nacional em 21 de fevereiro - reimpôs toques de recolher noturnos para o fim de semana prolongado de Purim e acesso limitado a Jerusalém.
Em comunicado conjunto, o gabinete do primeiro-ministro e o Ministério da Saúde israelitas informam quarta-feira que o recolher obrigatório entre as 18h30 e 5h00 estará em vigor de quinta-feira até este sábado.
“Isto é para evitar o que aconteceu no último Purim, que não queremos que se repita” disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, durante uma visita a um centro de vacinação no norte do país, em referência às grandes festividades de 2020, consideradas por cientistas como tendo contribuído para a primeira vaga de Covid-19 no país.
Durante o toque de recolher obrigatório, ficarão proibidas visitas a residências de pessoas terceiras e os transportes públicos funcionarão de forma reduzida. De acordo com o Governo, as deslocações ficarão também limitadas a um quilômetro da residência.
Apesar disso, longos engarrafamentos se formaram na estrada para Jerusalém, enquanto a polícia tentava impedir que grandes grupos chegassem à cidade sagrada para o festival. Algumas pessoas abandonaram seus veículos e caminharam pela rodovia.