Jerusalém ou a Cidade Santa é o local sagrado para as três grandes religiões monoteístas: Cristãos, Muçulmanos e Judeus de mais de três séculos. Dos três grupos, os seguidores do Cristianismo são minoria em Israel, onde a religião está demograficamente representada por cerca de 2% da população de Israel (177.000 pessoas), segundo dados do final de 2019.
A comunidade cristã em Jerusalém é bastante pequena.
Os cristãos são divididos em alguns grupos. A maioria desses seguidores (78%) são cristãos árabes, que em sua maioria são da Igreja Católica Grega Melquita (60% dos cristãos árabes). Cerca de 42% de todos os cristãos israelenses são filiados à Igreja Grega Melquita e 30% à Igreja Ortodoxa.
Números menores são divididos entre os católicos de rito latino com 13% dos cristãos, cerca de 25.000 cristãos ortodoxos russos (Igreja Ortodoxa Russa), cerca de 15.000 arameus (incluindo 7.000 maronitas) que aderem às igrejas maronita e síria, 3.000 a 10.000 adeptos das igrejas armênias, 1.000 assírios filiados às igrejas assírias, uma comunidade de cerca de 1.000 coptas, sendo registrados como "cristãos árabes", embora sua identidade árabe seja contestada, e pequenos ramos de protestantes.
Os cristãos israelenses estão historicamente ligados aos vizinhos cristãos libaneses, sírios e palestinos. As cidades e comunidades onde reside a maioria dos cristãos em Israel são Haifa, Nazareth, Jish, Mi'ilya, Fassuta e Kafr Yasif.
Atualmente, estima-se que a população cristã nos territórios palestinos é de cerca de 50 mil pessoas (apenas 1%), distribuídas nas cidades de Belém, Ramallah e Jerusalém, além dos residentes na Faixa de Gaza.
Do total, 48% pertencem à Igreja Ortodoxa Grega, 38% à Igreja Católica e o restante a Igrejas Protestantes, Presbiterianas e Ortodoxas de outros ritos (Síria e Armênia).
A grande maioria dos cristãos que residem nos territórios palestinos vive do turismo. Principalmente em Belém.
Em Belém, Ramallah e Jerusalém estão alguns dos centros de peregrinação para os cristãos: os lugares onde Jesus nasceu, pregou e morreu, de acordo com o relato bíblico e a tradição cristã.
Habitam a Terra Santa ainda os judeus messiânicos, ou seja, aqueles que acreditam em Ieshua (nome hebraico de Jesus) como Messias. No entanto, não há um censo que relate a população desses seguidores, segundo o rabino Mário Moreno, da Congregação Judaico Messiânica Shema Ysrael, em Votorantim (SP).
Colunista do Guiame, o rabino explica que “não temos acesso aos dados exatos da quantidade de judeus messiânicos que existem em Israel.”
Igrejas Protestantes
Segundo o Holyland Pilgrimage, as Igrejas protestantes chegaram à Terra Santa no século XIX. A primeira grande iniciativa foi das Igrejas Luteranas e Anglicanas, que trabalharam juntas por muitos anos sob um único bispado em Jerusalém.
Mais tarde eles estabeleceram igrejas e instituições educacionais, serviços de saúde e mais. Além da construção nas cidades por Israel, a Catedral de S. Jorge e o Recinto da Catedral de S. Jorge foram construídos e servem ao bispo anglicano da Terra Santa e às igrejas luteranas monumentais no Monte das Oliveiras (Augusta Victória) e perto da Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém.
Pequenas congregações formadas em ambas as igrejas (junto com as congregações que falam inglês, alemão, sueco, dinamarquês e finlandês) são lideradas por um bispo árabe. Um dos sítios mais famosos na Terra Santa para os protestantes é a Tumba do Jardim, identificada pelos anglicanos como o lugar onde Jesus foi enterrado. A Tumba do Jardim se tornou um lugar de oração e meditação muito importante para os peregrinos protestantes.
Reconhecimento de Jerusalém
Ao ser convidado a fazer uma oração na cerimônia que marcou a mudança da embaixada dos EUA de Tel Aviv para Jerusalém, o pastor Robert Jeffress ofereceu uma visão tangencial sobre a importância da cidade para os evangélicos.
“Jerusalém tem sido o objeto da afeição de judeus e cristãos ao longo da história e a pedra de toque da profecia”, disse Jeffress à CNN no ano passado. “Mas, o mais importante, Deus deu Jerusalém - e o resto da Terra Santa - ao povo judeu.”
Esse apoio e reconhecimento tem se traduzido em ações concretas. Em meio ao conflito entre Israel e Hamas, o Dr. Jürgen BühlerBühler, presidente do Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém (ICEJ), disse que envia uma mensagem de que os cristãos estão apoiando Israel. “Queremos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para nos solidarizarmos com Israel durante estes dias difíceis”, declarou.