Judeus marcham em Jerusalém e reivindicam construção do Terceiro Templo

A manifestação que ocorre todos os anos em Jerusalém, reivindica o direito dos judeus orarem em locais considerados sagrados, como o Monte do Templo.

Fonte: Guiame, com informações do Israel TodayAtualizado: sexta-feira, 4 de agosto de 2017 às 13:02
Judeus erguem bandeiras de Israel, durante manifestação anual, em Jerusalém. (Foto: The Times Of Israel)
Judeus erguem bandeiras de Israel, durante manifestação anual, em Jerusalém. (Foto: The Times Of Israel)

Milhares de israelenses se reuniram na Cidade Velha de Jerusalém na noite da última segunda-feira (31) - que marca o início do jejum judeu de Tisha B'Av, que lembra as destruições do Primeiro e Segundo Templos - marchando em volta dos muros de Jerusalém. Eles também manifestaram seu anseio pela construção do Terceiro Templo.

A manifestação ocorre todos os anos desde 1994, mas foi quase cancelada pela polícia neste ano, devido aos temores da violência árabe (palestina). Apesar das informações recebidas pela polícia de publicações de palestinos no Facebook para "Impedir que os colonos caminhem pelo Muro das Lamentações", o Comandante do Distrito da Polícia de Jerusalém, Yoram Halevi, decidiu não impedir que o evento tradicional ocorresse.

Os organizadores da tradicional marcha e o grupo de co-fundadores 'Women in Green' ('Mulheres de Verde'), Nadia Matar e Yehudit Katzover, aprovaram a decisão da Polícia.

"É corajoso, moral e é o óbvio a ser feito", disseram. "Isso mostra que a polícia não se submete ao terrorismo. Qualquer lugar ameaçado pelo terrorismo deve ser fortalecido e protegido pela polícia".

A noite começou com uma leitura conjunta de "Eicha" (Lamentações) no Parque da Independência, e continuou com os participantes marchando em torno dos muros da Cidade Velha até o Portão do Leão, onde os discursos foram proferidos pelo vice-ministro da Defesa, MK Eli Ben Dahan (Jewish Home), MK Yehuda Glick (Likud) e Yishai Fleisher, porta-voz internacional da comunidade judaica de Hebron.

MK Glick, um notável ativista do Monte do Templo, focou seu discurso sobre os recentes ataques terroristas que abalaram Israel.

"No ano passado, a polícia pagou um preço muito alto. Cinco policiais foram mortos aqui", disse ele. "Chegamos à raiz de tudo, o Monte do Templo".

Glick observou o aumento acentuado de visitantes judeus no Monte do Templo. Chamando-o de um milagre, juntamente com a retomada dos assentamentos da Judeia e Samaria.

O vice-ministro da Defesa, Eli Ben Dahan, ecoou as observações de Glick, dizendo que "todos os que vieram hoje esta noite provaram com seus pés que querem o Templo de volta - e rapidamente".

Ben Dahan também convocou o governo a fazer a oração judaica possível no Monte do Templo.

"É inaceitável que todos possam orar aqui, exceto os judeus", disse ele.

Embora o Monte do Templo seja considerado o local mais sagrado do judaísmo, os judeus ainda não podem orar no local por causa de ameaças de violência muçulmana (palestinos e outros povos árabes).

Funcionários do governo que participaram da marcha notaram que o povo de Israel está buscando muito mais do que o direito de orar no topo de um Monte do Templo ocupado pelos muçulmanos. Eles querem a construção do Terceiro Templo.

 

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