Na terça-feira (18), os senadores americanos Ted Cruz e Tom Cotton apresentaram um projeto de lei pedindo o reconhecimento da soberania de Israel sobre o território das Colinas de Golã pelos Estados Unidos. A região foi conquistada pelos judeus na Guerra dos Seis Dias em 1967 e anexada em 1981, porém a decisão nunca foi reconhecida internacionalmente.
A informação trouxe reações de líderes políticos judeus. Em comunicado, Yair Lapid, líder do partido Yesh Atid, disse se tratar de “boas notícias” para Israel. Pelo Twitter ele falou que a atitude pode ajudar a resolver um importante problema de segurança nacional e chamou o esforço dos senadores de “um sinal de verdadeira amizade”.
Em entrevista no início do ano, Lapid disse que “os últimos sete anos de guerra civil na Síria acabaram de provar o quanto é importante para Israel ter o controle estratégico das colinas de Golan”. Segundo eles, os Estados Unidos nunca negaram o direito de Israel às Colinas de Golã, mas falta tomares uma decidirem objetiva. “Eles tem hesitado sobre a questão desde meados da década de 1970”.
Segurança militar
Na resolução apresentada por Cruz e Cotton estão os perigos estratégicos que Israel enfrenta. “A fronteira norte de Israel é ameaçada por forças iranianas e seus representantes no Líbano e na Síria, incluindo os 150.000 foguetes do Hezbollah, drones armados, túneis de terror recém-descobertos e muito mais. Enquanto isso, com a ajuda dos aiatolás, o regime de Bashar al Assad está prestes a garantir a vitória na guerra civil da Síria. Ele pode em breve voltar sua atenção para ameaçar o estado judeu”.
Ao Senado americano foram apresentados seis pontos para serem apoiados pelos Estados Unidos, entre os quais:
- O direito soberano do governo de Israel de defender seu território e seus cidadãos dos ataques contra Israel, inclusive pelo Irã ou por seus representantes;
- A segurança de Israel do ataque da Síria e do Líbano não pode ser assegurada sem a soberania israelense sobre as colinas de Golan;
- É do interesse da segurança nacional dos Estados Unidos garantir a segurança de Israel.
No início deste ano, os EUA se opuseram pela primeira vez a uma resolução anual da Assembleia Geral da ONU que pedia a Israel que rescindisse sua soberania sobre o Golã.
A área, que está em constante tensão militar, é tomada permanetemente por tropas israelenses. Equipes de manutenção de paz da ONU (Organização das Nações Undias) também patrulham a área, controlada por Damasco e Tel Aviv.