Adolescentes são crucificados pelo Estado Islâmico por comerem durante jejum do Ramadã

Os muçulmanos são proibidos de ingerir comida, água, ou ter relações sexuais durante o Ramadã, que dura "de sol a sol". A regra não se aplica apenas para crianças, mulheres grávidas, doentes, idosos ou pessoas que estão viajando.

Fonte: Guiame, com informações de The Christian PostAtualizado: terça-feira, 23 de junho de 2015 às 20:57
Os meninos tiveram cartazes pendurados no pescoço, que descrevia o "crime" que cometeram. (Reuters)
Os meninos tiveram cartazes pendurados no pescoço, que descrevia o "crime" que cometeram. (Reuters)

 

O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) crucificou e matou dois adolescentes na Síria por serem pegos comendo durante período de jejum no mês do Ramadã, considerado sagrado para os muçulmanos.

Os meninos, ambos menores de 18 anos, tiveram cartazes pendurados em seu pescoço depois de mortos, que descrevia o "crime" que cometeram,  segundo informações do Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

"Aparentemente, eles foram pegos comendo", disse Rami Abdel Rahman, fundador do Observatório.

Os muçulmanos são proibidos de ingerir comida, água, ou ter relações sexuais durante o Ramadã, que dura "de sol a sol". A regra não se aplica apenas para crianças, mulheres grávidas, doentes, idosos ou pessoas que estão viajando.

O EI, que conquistou parte significativa nos territórios do Iraque e da Síria, decapitou e crucificou crianças em inúmeras ocasiões. Em fevereiro, o Comitê dos Direitos da Criança das Nações Unidas detalhou alguns dos abusos horríveis realizadas pelos jihadistas.

"Tivemos relatos de crianças, especialmente com problemas mentais, que foram usadas ​​como homens-bomba, provavelmente sem eles  entenderem", disse o especialista Renate Winter. "Houve um vídeo que mostrava crianças com cerca de 8 anos de idade e mais jovens, sendo treinados para se tornarem crianças-soldados."

O EI tem como alvo as minorias cristãs e iáziges, bem como xiitas e sunitas muçulmanos. Embora tenham submetido os meninos à violência e morte, muitas das meninas foram vendidas como escravas sexuais.

"Doutrinar crianças com o fanatismo do EI não é apenas a maneira mais fácil de ensinar uma população, mas também produz novas gerações que acreditam no EI e, finalmente, em algum momento, se tornarão soldados. Esta é a maneira de construir um Califado", disse Steve Emerson, o diretor da o Projeto de Investigação sobre o Terrorismo.

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